Economia

Acordo entre Suíça e EUA prevê multas para bancos

Os bancos suíços que receberam fundos não declarados dos EUA deverão pagar pesadas multas ao Tesouro americano


	A ministra das Finanças suíça, Eveline Schlumpf: "os bancos não vão sair ilesos. É claro que a solução não será agradável", afirmou 
 (Fabrice Coffrini/AFP)

A ministra das Finanças suíça, Eveline Schlumpf: "os bancos não vão sair ilesos. É claro que a solução não será agradável", afirmou  (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2013 às 12h26.

Genebra - Os bancos suíços que receberam fundos não declarados dos Estados Unidos deverão pagar pesadas multas ao Tesouro americano, no âmbito do acordo em fase de conclusão entre os dois Estados, indicou nesta quarta-feira o jornal Neue Zürcher Zeitung.

Segundo o jornal, que cita fontes próximas ao dossier, esta multa pode chegar a 40% dos fundos geridos.

No último sábado, a ministra das Finanças suíça, Eveline Widmer Schlumpf, declarou a uma rádio suíça que estava negociando o acordo.

O Tesouro americano acusa os bancos suíços de cumplicidade em casos evasão fiscal, já que administraram milhões de dólares não declarados que pertenciam a americanos.

"Os bancos não vão sair ilesos. É claro que a solução não será agradável", afirmou a ministra, sem dar mais detalhes sobre as multas.

Os Estados Unidos abriram processos contra os bancos suíços, e a Suíça espera que este acordo acabe com as disputas.

De acordo com a imprensa suíça, cerca de 300 bancos suíços devem ser classificados em diferentes categorias baseadas em seu grau de envolvimento na alegada evasão fiscal.

O primeiro grupo, composto por uma dezena de bancos que já foram alvos de queixas por parte dos Estados Unidos, terá que negociar caso a caso com as autoridades desse país.

Ao todo, uma dúzia de bancos suíços ou instalados na Confederação Suíça são alvos de autoridades americanas: Credit Suisse, Julius Baer, Wegelin, Banco Cantonal de Zurique (ZKB), Basel Banco Cantonal (BKB), Pictet, o Neue Zürcher Bank, a filial suíça do HSBC, Liechtenstein banco LLB e o israelense Leumi, Hapoalim e Mizrahi.

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