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Abramat espera recuperação das vendas no 2º semestre

Para 2º semestre, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção espera que vendas da indústria de materiais alcancem recuperação

Construção: segmentos de obras imobiliárias e de infraestrutura passam por retração (REUTERS/Roosevelt Cassio)
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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 16h02.

São Paulo - O crescimento do consumo das famílias tem sustentado as vendas da indústria de materiais de construção neste ano.

Em paralelo, os segmentos de obras imobiliárias (prédios residenciais e comerciais) e de infraestrutura (portos, aeroportos, rodovias, entre outros) passam por retração, preocupando empresários do setor.

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A avaliação é de Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

O cenário desfavorável descrito por Cover, e que vem sendo percebido pela indústria de materiais ao longo de todo o ano, pode ser verificado também nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O consumo das famílias no segundo trimestre cresceu 0,3% na comparação com o primeiro trimestre.

Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que envolve investimentos como as obras imobiliárias e de infraestrutura, caiu 5,3%.

"Fiquei um pouco surpreso, o resultado foi um pouco pior do que imaginado", disse Cover.

Para o segundo semestre, o presidente da Abramat espera que as vendas da indústria de materiais alcancem alguma recuperação, puxadas por uma aceleração no crescimento do consumo das famílias.

Cover acredita que muitas reformas e pequenas obras residenciais foram adiadas em função da Copa do Mundo, mas deverão ser retomadas nos próximos meses.

Outro ponto citado pelo representante da associação é o aumento da liquidez bancária após medida do Banco Central, o que poderá se traduzir em aumento do crédito disponível para aquisição de materiais pelas famílias.

Cover acrescentou que acredita em uma possível melhora da confiança dos consumidores.

"O novo quadro político faz as pessoas começarem a enxergar uma perspectiva de mudança. Isso não chega a reverter o pessimismo, mas também não deve piorar até o fim do ano", estimou.

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