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Abimaq espera queda de 10% no faturamento em 2014

No acumulado do ano até agora, o setor acumula recuo de 15,5% no faturamento e de 16% no consumo aparente, em relação ao mesmo período do ano passado

Indústria de máquinas: no acumulado de 2014, faturamento está 17% abaixo da média, diz Abimaq (Andrey Rudakov/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 15h19.

São Paulo - A indústria de máquinas e equipamentos deve apresentar quedas em torno de 10% tanto no faturamento quanto no consumo aparente em 2014 ante 2013, em termos nominais.

A afirmação foi dada nesta quarta-feira, 26, pelo assessor econômico da presidência da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mario Bernardini, durante coletiva de imprensa para comentar os resultados de outubro.

No acumulado do ano até agora, o setor acumula recuo de 15,5% no faturamento e de 16% no consumo aparente, em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a Abimaq, no acumulado de 2014, o faturamento está 17% abaixo da média.

"Apesar da recuperação na ponta, o resultado acumulado até o mês de outubro indica mais um ano de queda no faturamento do setor de bens de capital, o terceiro consecutivo", afirma a instituição no relatório de divulgação dos dados de outubro.

A entidade destaca que, entre outras coisas, isso se deve ao fato de que, neste ano, os preços de máquinas e equipamentos passaram a crescer menos que a variação de custos, reduzindo ainda mais as margens de lucro do setor.

No caso do consumo aparente (soma da produção nacional com as importações menos as exportações), a Abimaq pondera que, mesmo com a melhora registrada nos últimos meses deste ano, o nível de participação da produção nacional (28%) continua sendo um dos menores da história em relação aos importados (72%).

Mas, na avaliação de Bernadini, a perspectiva é de melhora no futuro. "Podemos esperar uma melhora no market share do produto nacional ao longo do ano que vem", afirmou.

Para isso, defendeu, é preciso um dólar ao redor de R$ 3, que equilibraria o Custo Brasil e parte das outras desvantagens no comércio internacional.

Para 2015, Bernardini previu que, em um cenário pessimista, com mudanças no governo, risco de racionamento de água e energia, a Abimaq espera uma nova queda no faturamento.

Já em um cenário "otimista", sem esses fatores negativos, ele afirmou que um provável ajuste das contas públicas poderá permitir que o setor de infraestrutura, "devidamente incentivado", possa voltar a ser a "locomotiva de crescimento" do país, fazendo com que o setor tenha uma retomada do crescimento a partir do segundo semestre do próximo ano.

Isso porque, de acordo o assessor da presidência da Abimaq, no primeiro semestre o novo ministro da Fazenda, que deve ser anunciado nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff, deve trabalhar para uma elevação da taxa básica de juros (Selic) acima de 12% ao ano, o que permitirá um ajuste das contas públicas, apesar de provocar uma recessão na economia nos seis primeiros meses do ano.

"Esse cenário otimista é mais um desejo do que uma possibilidade", ponderou Bernardini durante a coletiva.

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São Paulo - A indústria de máquinas e equipamentos deve apresentar quedas em torno de 10% tanto no faturamento quanto no consumo aparente em 2014 ante 2013, em termos nominais.

A afirmação foi dada nesta quarta-feira, 26, pelo assessor econômico da presidência da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mario Bernardini, durante coletiva de imprensa para comentar os resultados de outubro.

No acumulado do ano até agora, o setor acumula recuo de 15,5% no faturamento e de 16% no consumo aparente, em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a Abimaq, no acumulado de 2014, o faturamento está 17% abaixo da média.

"Apesar da recuperação na ponta, o resultado acumulado até o mês de outubro indica mais um ano de queda no faturamento do setor de bens de capital, o terceiro consecutivo", afirma a instituição no relatório de divulgação dos dados de outubro.

A entidade destaca que, entre outras coisas, isso se deve ao fato de que, neste ano, os preços de máquinas e equipamentos passaram a crescer menos que a variação de custos, reduzindo ainda mais as margens de lucro do setor.

No caso do consumo aparente (soma da produção nacional com as importações menos as exportações), a Abimaq pondera que, mesmo com a melhora registrada nos últimos meses deste ano, o nível de participação da produção nacional (28%) continua sendo um dos menores da história em relação aos importados (72%).

Mas, na avaliação de Bernadini, a perspectiva é de melhora no futuro. "Podemos esperar uma melhora no market share do produto nacional ao longo do ano que vem", afirmou.

Para isso, defendeu, é preciso um dólar ao redor de R$ 3, que equilibraria o Custo Brasil e parte das outras desvantagens no comércio internacional.

Para 2015, Bernardini previu que, em um cenário pessimista, com mudanças no governo, risco de racionamento de água e energia, a Abimaq espera uma nova queda no faturamento.

Já em um cenário "otimista", sem esses fatores negativos, ele afirmou que um provável ajuste das contas públicas poderá permitir que o setor de infraestrutura, "devidamente incentivado", possa voltar a ser a "locomotiva de crescimento" do país, fazendo com que o setor tenha uma retomada do crescimento a partir do segundo semestre do próximo ano.

Isso porque, de acordo o assessor da presidência da Abimaq, no primeiro semestre o novo ministro da Fazenda, que deve ser anunciado nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff, deve trabalhar para uma elevação da taxa básica de juros (Selic) acima de 12% ao ano, o que permitirá um ajuste das contas públicas, apesar de provocar uma recessão na economia nos seis primeiros meses do ano.

"Esse cenário otimista é mais um desejo do que uma possibilidade", ponderou Bernardini durante a coletiva.

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