Economia

Abastecer com etanol continua vantajoso em SP, diz Fipe

Rafael Lima observou que baixa em preços do etanol e da gasolina perde fôlego, num indicativo de que a equivalência entre valor dos dois será cada vez maior


	A relação entre o preço do combustível extraído da cana-de-açúcar e o da gasolina atingiu a marca de 65,13% na primeira semana de julho
 (Marcos Santos/USP Imagens)

A relação entre o preço do combustível extraído da cana-de-açúcar e o da gasolina atingiu a marca de 65,13% na primeira semana de julho (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 17h37.

São Paulo - Abastecer o veículo com etanol continua vantajoso na cidade de São Paulo, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

A relação entre o preço do combustível extraído da cana-de-açúcar e o da gasolina atingiu a marca de 65,13% na primeira semana de julho.

O número ficou levemente maior do que o apurado no fechamento de junho (64,63%), mas inferior ao registrado na primeira semana do sétimo mês de 2012, quando ficou em 66,97%.

O economista e coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Rafael Costa Lima, observou que a baixa nos preços do etanol e da gasolina perde fôlego, num indicativo de que a equivalência entre o valor dos dois produtos será cada vez maior.

"Sinal de que a entrada da safra de cana está acomodando. Não deve gerar uma queda mais tão forte", disse, destacando que o preço do etanol cai menos em levantamentos semanais (de ponta), com retração de 1,2%.

O declínio do álcool combustível apresentado na pesquisa de ponta é bastante inferior ao registrado no âmbito do IPC da primeira quadrissemana de julho (últimos 30 dias encerrados no domingo). De acordo com a Fipe, o preço do etanol cedeu 4,41% no período, em relação a recuo de 8,00% no fechamento do índice de junho. A gasolina , por sua vez, teve variação negativa de 0,70%, taxa bem menos intensa do que a queda de 1,35% da última quadrissemana do mês passado.

Segundo especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da primeira. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,5%, é considerado indiferente o uso de gasolina ou etanol no tanque.

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