Economia

A horas de "abismo fiscal", EUA ainda esperam acordo

Negociações envolvendo o vice-presidente e o líder republicano no Senado parecem ser a última chance de evitar o aumento de impostos e grandes cortes no orçamento


	 

	Republicanos exigem maiores cortes no orçamento do que os oferecidos pelo presidente Barack Obama (Jonathan Ernst/Reuters)

  Republicanos exigem maiores cortes no orçamento do que os oferecidos pelo presidente Barack Obama (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 07h56.

Washington - O Congresso norte-americano voltará aos trabalhos nesta segunda-feira sem um acordo para evitar o "abismo fiscal" e com apenas algumas horas para agir se um entendimento surgir até lá.

Negociações envolvendo o vice-presidente, Joe Biden, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, parecem ser a última chance de evitar o aumento de impostos e grandes cortes de gastos no orçamento federal, ambos a serem postos em vigor no início do novo ano por causa de uma lei de redução do déficit promulgada em agosto de 2011.

A preocupação dos mercados financeiros também pode estimular ambos os lados a chegarem a um acordo, o que já ocorreu no passado.

"Eu acredito que os investidores mostrarão seu desprazer" com a falta de progresso em Washington, afirmou Mohannad Aama, diretor-gerente da Beam Capital Management, uma empresa de consultoria de investimentos em Nova York.

Líderes republicanos e democratas do Senado esperavam chegar a um acordo no domingo, mas ambos os lados ainda batem cabeça nas negociações. O líder democrata no Senado, Harry Reid, postergou qualquer votação até segunda-feira.

O principal ponto de discussão entre os dois partidos é se o correto é estender as atuais taxas para todos, como querem os republicanos, ou apenas para quem ganha de 250 mil dólares a 400 mil dólares anuais, como propuseram os democratas.

Os republicanos também exigem maiores cortes do que os oferecidos pelo presidente Barack Obama.

Embora o Congresso tenha capacidade de agir rapidamente quando é preciso, os líderes da Câmara e do Senado terão pouco tempo no que deve ser um dia bastante complicado em caso de um acordo.

O presidente da Câmara, John Boehner, insistiu para que o Senado agisse primeiro, mas os senadores não começarão a legislar antes do meio-dia de segunda-feira.

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