Desemprego: taxa de desemprego entre as pessoas de pele preta ficou em 16,0%, ante a média nacional de 12,7% (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de maio de 2019 às 14h17.
Última atualização em 16 de maio de 2019 às 14h18.
São Paulo — O coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, chamou a atenção nesta quinta-feira, 16, para os efeitos da cor da pele no desemprego do país. Segundo os dados do IBGE, 63,9% do total de 13,387 milhões de brasileiros desempregados no primeiro trimestre são pretos e pardos.
Com isso, a taxa de desemprego entre as pessoas de pele preta ficou em 16,0%, ante a média nacional de 12,7%. Já a taxa para as pessoas de pele parda foi de 14,5%, enquanto, entre os brancos, ficou em 10,2%.
No primeiro trimestre de 2012, quando havia 7,6 milhões de desempregados, pretos e pardos representavam 59,1% do total de pessoas desocupadas, ou seja, o desemprego atingiu mais essa parcela da população.
"Em sua maioria, a população de pretos e pardos é de baixa renda. O avanço expressivo (no desemprego) é porque os cortes de vagas foram maiores nos canteiros de obra, e outros empregos que atingem a população mais pobre", afirmou Azeredo.