10. Arábia Saudita (Waseem Obaidi/Bloomberg)
João Pedro Caleiro
Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 13h06.
São Paulo - Na semana passada, os 6 países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês) confirmaram que vão passar, pela primeira vez, a taxar diretamente os seus cidadãos.
Arábia Saudita, Bahrein, Omã, Catar, Kuwait e Emirados Árabes Unidos já tem taxas como multas de trânsito, mas dependem basicamente das receitas do setor de energia para se financiar.
Isso está ficando bem mais difícil agora que o preço do petróleo caiu 40% em um ano e chegou a US$ 38 por barril, nível não visto desde a crise de 2008.
Também não ajuda que muitos destes países estão envolvidos em operações militares caras e costumam dar aumentos vultuosos para funcionários públicos como forma de angariar apoio político.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) já havia alertado recentemente que Arábia Saudita, Omã e Bahrain tinham menos de 5 anos disponíveis de amortecedores financeiros e pedido por mais controle de gastos.
O novo Imposto de Valor Agregado (semelhante ao nosso ICMS, o imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) deve ser implementado nos próximos 3 anos e deixará isentos os setores de educação e saúde, além de 94 itens alimentícios.
De acordo com a consultoria Deloitte, esse tipo de imposto é "eficiente, mais barato de operar, menos vulnerável a fraudes e distorce menos as decisões de investimento pelos negócios".