Economia

Arábia Saudita pode quebrar em 5 anos, alerta FMI

País foi prejudicado pela queda do preço do petróleo e suas contas estão cada vez mais vulneráveis, diz relatório do FMI


	Riad, capital da Arábia Saudita: país perdeu muito com a queda do petróleo
 (Wikimedia Commons)

Riad, capital da Arábia Saudita: país perdeu muito com a queda do petróleo (Wikimedia Commons)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 25 de outubro de 2015 às 16h15.

São Paulo - Maior economia do Oriente Médio, a Arábia Saudita está em apuros.

A queda do preço do petróleo atingiu em cheio os grandes países exportadores, que agora tem que se ajustar a uma nova realidade.

O petróleo responde por 80% das receitas da Arábia Saudita e diversificar a economia nunca foi tão urgente, de acordo um novo relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional).

A previsão do fundo é que o país tenha um déficit de 21,6% em 2015 e 19,4% em 2016 - o pior resultado da região, com exceção de países em situação calamitosa como Líbia e Iraque.

Ainda em 2012, esse resultado era positivo em 12%. O balanço de conta corrente, positivo em dois dígitos nos últimos anos, deve entrar em território negativo em 2015 e 2016.

Dos 6 países que compõe o Conselho de Cooperação do Golfo, a Arábia Saudita forma junto com Omã e Bahrain o trio que tem menos de 5 anos disponíveis de amortecedores financeiros.

Kuwait, Catar e Emirados Árabes Unidos estão na outra ponta, com espaço para mais 20 anos.

O crescimento econômico da Arábia Saudita teve média anual de 5,5% entre 2000 e 2012, mas desacelerou para 2,7% em 2013 e 3,5% em 2014.

Em janeiro e abril, o país anunciou grandes pacotes de estímulos fiscais, mas a previsão é de 3,4% este ano e 2,2% em 2016.

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