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3 sinais que a indústria do entretenimento mudou para valer

Os apps e o streaming atingiram marcos importantes este ano, indicando que a televisão, a música e o cinema nunca mais serão os mesmos

Smartphone com apps de serviços de streaming de música: (David Paul Morris/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

Publicado em 21 de março de 2015 às 07h12.

São Paulo - O digital não dá trégua para ninguém.

Na mídia, na cultura e no comércio, as mudanças são tão rápidas que empresas ficam sem escolha: ou se adaptam, ou morrem.

Se existe um mercado que penou para se adaptar ao novo cenário, foi o da música - muitas águas já rolaram desde os tempos em que bandas como Metallica processavam serviços como o Napster. E a mudança continua.

Veja 3 sinais recentes de que a indústria do entretenimento nunca mais será a mesma:

1. O streaming já traz mais receita que o CD

Até pouco tempo, os downloads digitais eram vistos como a salvação da indústria da música , mas eles atingiram um pico em 2012 e já caem desde então. A nova estrela são os serviços de streaming, como Pandora, Rdio e Spotify, que triplicaram em assinantes e participação de mercado desde 2011.

Números divulgados nesta semana pela RIAA mostram que em 2014 o streaming já trouxe mais receita (US$ 1,87 bilhão) do que a venda de CDs físicos (US$ 1,85 bilhão).

A divisão atual das receitas está bem equilibrada entre downloads (37%), streaming (27%) e vendas físicas (27%).

2. "A economia dos apps é maior que Hollywood"

Horace Dediu, um dos principais analistas da indústria de tecnologia dos Estados Unidos, notou algo curioso ao analisar os últimos resultados da Apple .

O montante que a empresa pagou para desenvolvedores de apps chegou a US$ 10 bilhões em 2014, mais do que a receita de bilheteria dos filmes de Hollywood no país. Veja o que ele disse no seu blog Asymco:

"Apesar da bilheteria doméstica não representar a totalidade das receitas de Hollywood, os resultados da App Store da Apple também não são a totalidade das receitas de apps. A economia dos apps inclui também Android, anúncios, serviços pagos e o desenvolvimento customizado. Levando tudo isso em conta, ainda assim é mais provável que eles sejam maiores do que Hollywood".

A economia dos apps também emprega mais. Só o iOS sustenta 627 mil empregos nos EUA, enquanto Hollywood tem 374 mil.

3. Os pacotes da TV a cabo começam a ser desmontados

Há alguns dias, a HBO e a Apple anunciaram uma parceria que permitirá o streaming de programas do canal através de um app.

"Você só vai precisar de um dispositivo Apple e de uma conexão de banda larga", disse no evento Richard Pepler, presidente da HBO.

A novidade já havia sido antecipada no ano passado, mas o que importa é o seu significado histórico. Pela primeira vez, séries como Game of Thrones e True Detective estarão disponíveis fora dos pacotes clássicos de TV a cabo, que empurram para o consumidor dezenas de canais.

A tendência agora é que estes pacotes sejam desmontados e se tornem mais flexíveis, uma má notícia para as companhias de cabo. "Os dias do universo de 500 canais acabaram", disse recentemente o presidente da CBS, Leslie Moonves, em uma conferência para investidores.

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Na mídia, na cultura e no comércio, as mudanças são tão rápidas que empresas ficam sem escolha: ou se adaptam, ou morrem.

Se existe um mercado que penou para se adaptar ao novo cenário, foi o da música - muitas águas já rolaram desde os tempos em que bandas como Metallica processavam serviços como o Napster. E a mudança continua.

Veja 3 sinais recentes de que a indústria do entretenimento nunca mais será a mesma:

1. O streaming já traz mais receita que o CD

Até pouco tempo, os downloads digitais eram vistos como a salvação da indústria da música , mas eles atingiram um pico em 2012 e já caem desde então. A nova estrela são os serviços de streaming, como Pandora, Rdio e Spotify, que triplicaram em assinantes e participação de mercado desde 2011.

Números divulgados nesta semana pela RIAA mostram que em 2014 o streaming já trouxe mais receita (US$ 1,87 bilhão) do que a venda de CDs físicos (US$ 1,85 bilhão).

A divisão atual das receitas está bem equilibrada entre downloads (37%), streaming (27%) e vendas físicas (27%).

2. "A economia dos apps é maior que Hollywood"

Horace Dediu, um dos principais analistas da indústria de tecnologia dos Estados Unidos, notou algo curioso ao analisar os últimos resultados da Apple .

O montante que a empresa pagou para desenvolvedores de apps chegou a US$ 10 bilhões em 2014, mais do que a receita de bilheteria dos filmes de Hollywood no país. Veja o que ele disse no seu blog Asymco:

"Apesar da bilheteria doméstica não representar a totalidade das receitas de Hollywood, os resultados da App Store da Apple também não são a totalidade das receitas de apps. A economia dos apps inclui também Android, anúncios, serviços pagos e o desenvolvimento customizado. Levando tudo isso em conta, ainda assim é mais provável que eles sejam maiores do que Hollywood".

A economia dos apps também emprega mais. Só o iOS sustenta 627 mil empregos nos EUA, enquanto Hollywood tem 374 mil.

3. Os pacotes da TV a cabo começam a ser desmontados

Há alguns dias, a HBO e a Apple anunciaram uma parceria que permitirá o streaming de programas do canal através de um app.

"Você só vai precisar de um dispositivo Apple e de uma conexão de banda larga", disse no evento Richard Pepler, presidente da HBO.

A novidade já havia sido antecipada no ano passado, mas o que importa é o seu significado histórico. Pela primeira vez, séries como Game of Thrones e True Detective estarão disponíveis fora dos pacotes clássicos de TV a cabo, que empurram para o consumidor dezenas de canais.

A tendência agora é que estes pacotes sejam desmontados e se tornem mais flexíveis, uma má notícia para as companhias de cabo. "Os dias do universo de 500 canais acabaram", disse recentemente o presidente da CBS, Leslie Moonves, em uma conferência para investidores.

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