Economia

Major Olímpio também vê 2º turno da Previdência só no dia 22

Data já havia sido mencionada pelo vice-líder do governo no Senado Chico Rodrigues (DEM-RR)

Reforma da Previdência: Major Olímpio disse, ainda, que o interesse público deve vir antes de "qualquer interesse partidário e das urnas". (Roque de Sá/Agência Senado)

Reforma da Previdência: Major Olímpio disse, ainda, que o interesse público deve vir antes de "qualquer interesse partidário e das urnas". (Roque de Sá/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de outubro de 2019 às 13h28.

Última atualização em 7 de outubro de 2019 às 13h40.

O senador Major Olímpio (PSL-SP), líder do partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, no Senado, disse nesta segunda-feira, 7, que talvez a Casa consiga votar o segundo da reforma da Previdência apenas no dia 22 de outubro.

Em evento na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Olímpio afirmou que o Senado poderia tentar votar o projeto no dia 15, mas que para isso os senadores que viajarão ao Vaticano nesta semana para acompanhar a canonização de Irmã Dulce precisariam voltar ao Brasil na próxima segunda-feira, 14. A data já havia sido mencionada pelo vice-líder do governo Chico Rodrigues (DEM-RR).

"Mas eles já vão estar ali em Roma, viajando com recursos públicos", ironizou o senador. "Meus colegas senadores estão querendo colocar situações para discutir e para protelar a reforma", disse Major Olímpio, em referência ao impasse em torno da divisão dos recursos do leilão da cessão onerosa do pré-sal entre estados e municípios.

Na semana passada, o desacordo fez com que os senadores reduzissem em R$ 76,4 bilhões a economia com a reforma em dez anos, com a derrubada de mudanças no pagamento do abono salarial durante a votação dos destaques ao projeto, após a aprovação do texto-base em primeiro turno no Senado.

"Temos esse impasse nesse momento. A Câmara não aceita o que nós votamos (sobre a divisão dos recursos da cessão onerosa), e nós não aceitamos o que a Câmara quer fazer. Queremos que o Executivo mande uma Medida Provisória", defendeu o senador.

Olímpio lembrou que a previsão inicial era de que a reforma da Previdência fosse votada em segundo turno no Senado em 10 de outubro, mas afirmou que "em determinado momento, houve um entendimento de vários senadores e bancadas de que era o momento de pressionarem para conseguir alguns pleitos individuais."

O senador defendeu a inclusão de estados e municípios na reforma por meio da PEC Paralela, que tramita no Senado, e disse que a Câmara barrou a inclusão de estados e municípios devido a interesses eleitorais. "A Câmara não quis (manter a regra) e as razões, dentre elas, é que ano que vem tem eleição. Fazer mudanças previdenciárias é uma coisa árida, não dá voto, mas é necessário", afirmou.

Major Olímpio disse, ainda, que o interesse público deve vir antes de "qualquer interesse partidário e das urnas". "Embora tenha havido uma renovação de 54% da Câmara dos Deputados, no momento de definir por estados e municípios, preponderou o pensamento político."

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraReforma da PrevidênciaSenado

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto