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2017 começa "morno" para energias renováveis

Investimento global em fontes limpas totalizou US$ 53,6 bilhões no primeiro trimestre deste ano, aponta análise da Bloomberg New Energy Finance

(shansekala/Thinkstock)

Vanessa Barbosa

Publicado em 17 de abril de 2017 às 17h05.

Última atualização em 17 de abril de 2017 às 17h58.

São Paulo - O investimento mundial em energia renovável totalizou US$ 53,6 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 17% a menos em relação ao primeiro trimestre de 2016, e 7% menor do que o último trimestre do ano passado, segundo análise da Bloomberg New Energy Finance (Bnef).

Entre os principais destaques para esse começo de ano "morno" estão a emissão de US$ 1,4 bilhão em ações pela fabricante de veículos elétricos Tesla , e o investimento estimado de US$ 650 milhões pela empresa de energia Enel em seu maior complexo solar fotovoltaico, de 754MW, em Villanueva, no México.

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Em contrapartida, os financiamentos de projetos eólicos offshore (em alto mar) caíram 60% em relação ano anterior, despencando de US$ 11,5 bilhões no primeiro trimestre de 2016 para US$ 4,6 bilhões no mesmo período em 2017.

Os dois maiores mercados para o setor de renováveis, China e Estados Unidos, também registraram queda de investimentos no primeiro trimestre, de 11% e 24%, respectivamente. Além disso, houve uma queda forte de 91% nos investimentos no Reino Unido.

No entanto, o investimento alemão aumentou 96% em relação ao ano anterior com US$ 3 bilhões, enquanto o da França cresceu 145%, com US$ 1,1 bilhão, e o Japão 36% com US$ 4,1 bilhões.

Os países em desenvolvimento também tiveram resultados variados no primeiro trimestre. O investimento indiano foi de US$ 2,8 bilhões, com uma queda de apenas 2%, enquanto o do México aumentou 47 vezes com US$ 2,3 bilhões e o Brasil caiu 3% com US$ 1,8 bilhão.

"Foi um primeiro trimestre relativamente discreto para o investimento global, mas é muito cedo para assumir que, no geral, 2017 será mais fraco do que o ano passado", disse Abraham Louw, analista de Economia de Energia Limpa da BNEF em comunicado à imprensa.

A expectativa dos analistas da Benf, por ora, é de que tanto a energia eólica, quanto a solar, registrem números similares, ou até maiores, de megawatts instalados do que em 2016.

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