1ª reação a impeachment deve ser negativa, diz economista
Segundo economista da 4E Consultoria, a decisão de Cunha sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma deverá ter reação negativa no mercado
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 19h37.
São Paulo - Após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter aceitado nesta noite de quarta-feira, 2, um pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a primeira reação do mercado financeiro , no pregão de amanhã, deverá ser negativa, prevê o economista Bruno Lavieri, da 4E Consultoria.
"O deferimento eleva a incerteza porque não se sabe quanto tempo vai durar o processo, o que levará a um cenário de uma falta de governança", explicou Lavieri.
Por outro lado, continua o economista , se o processo resultar na saída de Dilma, o mercado deverá reagir de forma positiva.
"Isto porque o Michel Temer (vice-presidente, que assumiria o cargo em caso de impeachment) sinaliza que não tem a intenção de disputar uma reeleição em 2018. Essa sinalização facilita trazer a oposição para o lado dele e, desta forma, ele teria uma bancada maior para aprovar o ajuste fiscal", afirmou.
Sem a intenção de se reeleger, Temer também teria mais disposição política para implementar medidas impopulares, como o aumento de tributos e o corte de despesas, acrescentou Lavieri.
Além disso, afirmou o economista, o PMDB, partido de Temer e de Cunha, tem uma postura um pouco mais ortodoxa no aspecto econômico, mais alinhada com o ajuste fiscal.
O pedido para processo de impeachment deferido por Cunha foi elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal.
São Paulo - Após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter aceitado nesta noite de quarta-feira, 2, um pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a primeira reação do mercado financeiro , no pregão de amanhã, deverá ser negativa, prevê o economista Bruno Lavieri, da 4E Consultoria.
"O deferimento eleva a incerteza porque não se sabe quanto tempo vai durar o processo, o que levará a um cenário de uma falta de governança", explicou Lavieri.
Por outro lado, continua o economista , se o processo resultar na saída de Dilma, o mercado deverá reagir de forma positiva.
"Isto porque o Michel Temer (vice-presidente, que assumiria o cargo em caso de impeachment) sinaliza que não tem a intenção de disputar uma reeleição em 2018. Essa sinalização facilita trazer a oposição para o lado dele e, desta forma, ele teria uma bancada maior para aprovar o ajuste fiscal", afirmou.
Sem a intenção de se reeleger, Temer também teria mais disposição política para implementar medidas impopulares, como o aumento de tributos e o corte de despesas, acrescentou Lavieri.
Além disso, afirmou o economista, o PMDB, partido de Temer e de Cunha, tem uma postura um pouco mais ortodoxa no aspecto econômico, mais alinhada com o ajuste fiscal.
O pedido para processo de impeachment deferido por Cunha foi elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal.