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10 indicadores econômicos esquisitos

Assaduras de bebês, cuecas e crocodilos e outros critérios no mínimo curiosos são usados como indicadores de desempenho das economias

Queda na venda de cuecas reflete crise nos Estados Unidos (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2012 às 06h36.

São Paulo - O índice Big Mac, divulgado pela revista Economist, tornou-se famoso por eleger o Brasil como o país com o lanche mais caro do mundo. Mas seu real propósito é mapear a valorização (ou desvalorização) de diversas moedas em relação ao dólar.

Comparando o preço do Big Mac em diversas economias convertido em dólar com o valor do lanche nos Estados Unidos , é possível ver o quanto cada moeda “vale“ em relação à moeda americana. O real, por exemplo, tem uma valorização de 35% sobre o dólar, segundo a última edição do índice, publicada em janeiro. Já a rúpia, moeda indiana, vale 62% a menos.

Apesar de ser o mais conhecido entre o público brasileiro, o índice Big Mac não é o único indicador bizarro utilizado para identificar tendências e fenômenos da economia.

Veja, a seguir, outros nove exemplos inusitados.

Assaduras de bebês

A Symphony IRI utiliza as assaduras de bebês como critério para ver se a economia vai bem. A lógica por trás do indicador é que, em tempos de recessão, os pais cortam custos trocando menos vezes ao dia as fraldas dos bebês.

De acordo com a última medição, feita em agosto do ano passado, a venda de fraldas nos Estados Unidos havia caído 9% ano a ano. Em contrapartida, o volume de vendas de pomadas para assaduras cresceu 2,8%, apesar do número de bebês com menos de dois anos de idade vivendo no país ter caído 3%.

Cuecas escassas

Quando a situação aperta, onde cortar gastos? Segundo a empresa de pesquisas Mintel, nas roupas de baixo.

A consultoria criou um indicador peculiar para avaliar a crise: o número de cuecas adquiridas pelos americanos nos últimos anos. Dados coletados pela empresa mostram que a venda de roupas de baixo masculinas caiu 2,3% em 2009, a primeira queda no índice desde 2003.


Cortes de cabelo

Em tempos de recessão, as mulheres gastam menos com cortes de cabelos, tinturas e outros cuidados capilares. Essa é a premissa por trás do índice do corte de cabelo, usado pela revista Nikkei para identificar sintomas da desaceleração da economia japonesa.

Segundo a revista, em 1997, quando a economia japonesa patinava, mais de 50% das mulheres usavam cabelos curtos – menos dispendiosos e mais fáceis de manter. Com a recuperação, os longos e médios voltaram “à moda”, respondendo por 80% dos cortes usados pelas japonesas em 2008.

Gravatas em alta

Durante os tempos de crise, os homens compram mais gravatas para mostrar que estão trabalhando duro. Logo, quanto mais gravatas vendidas, pior vai a economia.

O índice da gravata foi usado pelo Financial Times como termômetro das turbulências econômicas que afetaram o Reino Unido em 2007. As vendas de gravatas disparam naquele ano ficaram 1,3 milhão acima do ano anterior, sugerindo que os homens estavam deixando a “casual friday” de lado para garantir seus empregos.

Consumo de cerveja no bar

Os bares e restaurantes sofrem com a recessão, já que, com o orçamento mais apertado, os trabalhadores trocam o happy hour na rua por uma cerveja em casa.

Na Europa, os empregos ligados à indústria de cerveja – que, em sua maioria, não estão nas fábricas e sim nos estabelecimentos que servem a bebida – caíram 12% entre 2008 e 2010, enquanto nos outros ramos a queda foi de 2%, segundo um estudo da Ernest & Young.

Comprimento das saias

O economista George Taylor criou um índice que data dos anos 1920, o Hemline Index, para avaliar o desempenho do mercado conforme o comprimento das saias e vestidos da mulher. A lógica é: quanto mais curta a saia, mais próspera a economia.

O varejo diz que tudo não passa de um mito, mas alguns economistas “ressuscitaram” o índice para avaliar a crise financeira de 2008 e alegam que as saias longas voltaram à moda, comprovando, mais uma vez, a teoria.


Feijão em lata

No Reino Unido, os alimentos frescos, em geral, custam mais caro que os enlatados. Como avaliar se a crise realmente apertou o bolso dos britânicos? Avaliando o consumo de feijão em lata.

Em abril de 2009, as vendas de feijão em lata aumentaram 21,6% em comparação ao mesmo mês de 2008, no sexto mês consecutivo de crescimento acima de 20% nas vendas do produto, segundo dados levantados pela Nielsen para a BBC.

Picadas de mosquito

Com um maior volume de casas abandonadas e malcuidadas, as picadas de mosquito também aumentam. Piscinas abandonadas e gramas descuidadas geram focos de insetos e a coceira vira sintoma de que a economia não vai bem.

Em Maricopa, Arizona, o órgão local de manutenção ambiental foi chamado para limpar mais de 4 mil piscinas sujas em 2009, quase o dobro das 2,5 mi piscinas tratadas em 2007.

Crocodilos à solta

Com menos americanos “endinheirados”, os gastos supérfluos diminuíram nos Estados Unidos. As bolsas de couro de crocodilo, que chegam a custar 20 mil dólares nas lojas, ficaram encalhadas nas prateleiras.

As evidências? As vendas de crocodilos criados na Luisiana para serem “abatidos” e virar acessório estacionaram em 2009. Má notícia para a economia, boa notícia para os crocodilos.

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São Paulo - O índice Big Mac, divulgado pela revista Economist, tornou-se famoso por eleger o Brasil como o país com o lanche mais caro do mundo. Mas seu real propósito é mapear a valorização (ou desvalorização) de diversas moedas em relação ao dólar.

Comparando o preço do Big Mac em diversas economias convertido em dólar com o valor do lanche nos Estados Unidos , é possível ver o quanto cada moeda “vale“ em relação à moeda americana. O real, por exemplo, tem uma valorização de 35% sobre o dólar, segundo a última edição do índice, publicada em janeiro. Já a rúpia, moeda indiana, vale 62% a menos.

Apesar de ser o mais conhecido entre o público brasileiro, o índice Big Mac não é o único indicador bizarro utilizado para identificar tendências e fenômenos da economia.

Veja, a seguir, outros nove exemplos inusitados.

Assaduras de bebês

A Symphony IRI utiliza as assaduras de bebês como critério para ver se a economia vai bem. A lógica por trás do indicador é que, em tempos de recessão, os pais cortam custos trocando menos vezes ao dia as fraldas dos bebês.

De acordo com a última medição, feita em agosto do ano passado, a venda de fraldas nos Estados Unidos havia caído 9% ano a ano. Em contrapartida, o volume de vendas de pomadas para assaduras cresceu 2,8%, apesar do número de bebês com menos de dois anos de idade vivendo no país ter caído 3%.

Cuecas escassas

Quando a situação aperta, onde cortar gastos? Segundo a empresa de pesquisas Mintel, nas roupas de baixo.

A consultoria criou um indicador peculiar para avaliar a crise: o número de cuecas adquiridas pelos americanos nos últimos anos. Dados coletados pela empresa mostram que a venda de roupas de baixo masculinas caiu 2,3% em 2009, a primeira queda no índice desde 2003.


Cortes de cabelo

Em tempos de recessão, as mulheres gastam menos com cortes de cabelos, tinturas e outros cuidados capilares. Essa é a premissa por trás do índice do corte de cabelo, usado pela revista Nikkei para identificar sintomas da desaceleração da economia japonesa.

Segundo a revista, em 1997, quando a economia japonesa patinava, mais de 50% das mulheres usavam cabelos curtos – menos dispendiosos e mais fáceis de manter. Com a recuperação, os longos e médios voltaram “à moda”, respondendo por 80% dos cortes usados pelas japonesas em 2008.

Gravatas em alta

Durante os tempos de crise, os homens compram mais gravatas para mostrar que estão trabalhando duro. Logo, quanto mais gravatas vendidas, pior vai a economia.

O índice da gravata foi usado pelo Financial Times como termômetro das turbulências econômicas que afetaram o Reino Unido em 2007. As vendas de gravatas disparam naquele ano ficaram 1,3 milhão acima do ano anterior, sugerindo que os homens estavam deixando a “casual friday” de lado para garantir seus empregos.

Consumo de cerveja no bar

Os bares e restaurantes sofrem com a recessão, já que, com o orçamento mais apertado, os trabalhadores trocam o happy hour na rua por uma cerveja em casa.

Na Europa, os empregos ligados à indústria de cerveja – que, em sua maioria, não estão nas fábricas e sim nos estabelecimentos que servem a bebida – caíram 12% entre 2008 e 2010, enquanto nos outros ramos a queda foi de 2%, segundo um estudo da Ernest & Young.

Comprimento das saias

O economista George Taylor criou um índice que data dos anos 1920, o Hemline Index, para avaliar o desempenho do mercado conforme o comprimento das saias e vestidos da mulher. A lógica é: quanto mais curta a saia, mais próspera a economia.

O varejo diz que tudo não passa de um mito, mas alguns economistas “ressuscitaram” o índice para avaliar a crise financeira de 2008 e alegam que as saias longas voltaram à moda, comprovando, mais uma vez, a teoria.


Feijão em lata

No Reino Unido, os alimentos frescos, em geral, custam mais caro que os enlatados. Como avaliar se a crise realmente apertou o bolso dos britânicos? Avaliando o consumo de feijão em lata.

Em abril de 2009, as vendas de feijão em lata aumentaram 21,6% em comparação ao mesmo mês de 2008, no sexto mês consecutivo de crescimento acima de 20% nas vendas do produto, segundo dados levantados pela Nielsen para a BBC.

Picadas de mosquito

Com um maior volume de casas abandonadas e malcuidadas, as picadas de mosquito também aumentam. Piscinas abandonadas e gramas descuidadas geram focos de insetos e a coceira vira sintoma de que a economia não vai bem.

Em Maricopa, Arizona, o órgão local de manutenção ambiental foi chamado para limpar mais de 4 mil piscinas sujas em 2009, quase o dobro das 2,5 mi piscinas tratadas em 2007.

Crocodilos à solta

Com menos americanos “endinheirados”, os gastos supérfluos diminuíram nos Estados Unidos. As bolsas de couro de crocodilo, que chegam a custar 20 mil dólares nas lojas, ficaram encalhadas nas prateleiras.

As evidências? As vendas de crocodilos criados na Luisiana para serem “abatidos” e virar acessório estacionaram em 2009. Má notícia para a economia, boa notícia para os crocodilos.

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