Ciência

Zika deixa de ser emergência sanitária mundial, decide OMS

"O vírus continua sendo um problema muito importante, mas já não é uma emergência de saúde pública em nível mundial", declarou o presidente da organização

Zika: desde 2015, 23 países anunciaram casos de microcefalia e de síndrome de Guillain-Barré possivelmente vinculados ao zika (Marvin Recinos/AFP)

Zika: desde 2015, 23 países anunciaram casos de microcefalia e de síndrome de Guillain-Barré possivelmente vinculados ao zika (Marvin Recinos/AFP)

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AFP

Publicado em 18 de novembro de 2016 às 17h46.

Última atualização em 18 de novembro de 2016 às 18h41.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira que o vírus zika, associado a graves malformações cerebrais em recém-nascidos, deixou de ser uma "emergência de saúde pública mundial".

"O vírus zika continua sendo um problema muito importante (...) mas já não é uma emergência de saúde pública em nível mundial", declarou David Heymann, presidente do Comitê de Emergências da OMS sobre o Zika.

"Como a pesquisa demonstrou o vínculo entre o vírus zika e a microcefalia, o Comitê de Emergências considerou que é necessário um mecanismo técnico estável a longo prazo para organizar uma resposta global", indicou a OMS em um comunicado.

"Por tanto, o Comitê de Emergências considera que o vírus zika e suas consequências continuam sendo um desafio de saúde pública persistente e importante, que requer uma ação intensa, mas que já não representa uma emergência de saúde pública como definem as normas internacionais de saúde", acrescenta o documento.

"Nós não minimizamos a importância deste vírus", afirmou, no entanto, Peter Salama, diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, em uma conferência de imprensa.

O Ministério da Saúde do Brasil anunciou nesta sexta-feira que continuará tratando o zika como uma emergência sanitária de importância nacional, apesar da decisão da OMS de rebaixar o status da epidemia.

"Vamos manter o status de emergência no Brasil até que estejamos completamente tranquilos com a situação", disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a jornalistas.

Desde 2015, 23 países anunciaram casos de microcefalia e de síndrome de Guillain-Barré possivelmente vinculados ao zika.

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