Ciência

Você está cometendo esses erros ao fotografar a Lua — saiba como evitar

Fenômeno comum envolve tecnologia, percepção visual e condições de luz

A landscape shot of a white full moon with black color in the background (Freepik)

A landscape shot of a white full moon with black color in the background (Freepik)

Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 15h01.

Para quem já tentou tirar fotos da Lua com o smartphones geralmente percebeu imagens borradas, claras demais ou sem detalhes visíveis. O principal motivo pode ser a dificuldade das câmeras de celular em lidar com a intensidade da luz lunar em contraste com o céu escuro. O problema é técnico e comum, mesmo para usuários experientes, destacou a BBC.

Ao fotografar à noite, o celular costuma ativar automaticamente o modo noturno. Esse ajuste aumenta a exposição para captar mais luz do ambiente. No caso da Lua, que está iluminada pelo Sol, o resultado costuma ser uma imagem superexposta, sem contornos ou crateras aparentes.

Segundo especialistas em astronomia, o ideal é evitar fotografar a Lua em um céu totalmente escuro. Quando possível, o registro deve ser feito durante o crepúsculo, quando o contraste entre o céu e o satélite natural é menor e a câmera consegue equilibrar melhor a luz.

Como reduzir a superexposição e melhorar o resultado

Para quem pretende fotografar a Lua à noite, reduzir manualmente a exposição ajuda a preservar os detalhes. Alguns celulares permitem travar o ajuste automático e diminuir a luz captada pelo sensor. Aplicativos específicos de fotografia noturna também auxiliam nesse controle.

Em aparelhos com modo profissional, é possível ajustar ISO e velocidade do obturador. Reduzir o ISO e usar um tempo de exposição mais curto evita que a Lua apareça como um borrão luminoso. Testes sucessivos são recomendados para encontrar o melhor equilíbrio.

Mesmo com bons ajustes, a Lua pode parecer pequena na imagem. Isso acontece porque ela ocupa apenas 0,5 grau do céu, enquanto câmeras de celular são projetadas para imagens amplas. Como resultado, o satélite natural da Terra representa poucos pixels na imagem final, em alguns casos com menos de 50 pixels de largura.

A percepção de tamanho a olho nu é influenciada pela chamada ilusão lunar.

Zoom e estabilidade fazem diferença

Dar zoom nem sempre resolve o problema. A maioria dos celulares utiliza zoom digital, que apenas recorta a imagem e reduz a definição. Alguns modelos avançados possuem zoom óptico, que amplia a imagem sem perda significativa de qualidade.

Quando o aparelho não possui esse recurso, uma alternativa é usar lentes acopláveis ou até um telescópio simples. Mesmo equipamentos básicos conseguem revelar crateras e contornos da superfície lunar quando combinados a um smartphone.

A estabilidade é essencial, já que a aproximação da imagem amplia qualquer movimento. O uso de tripé, apoio fixo ou temporizador reduz tremores. Controles remotos ou fones com botão também ajudam a evitar vibrações no disparo.

Criatividade pode compensar limitações técnicas

Quando não é possível destacar os detalhes da Lua, enquadrar elementos em primeiro plano melhora a composição. Prédios, árvores ou monumentos ajudam a criar contexto visual e dão escala à imagem.

Em muitos smartphones, algoritmos de inteligência artificial atuam para equilibrar luz e contraste, priorizando a cena como um todo.

Especialistas recomendam evitar fotos isoladas da Lua e buscar composições que transmitam localização e ambiente. Em alguns casos, o celular entrega melhores resultados ao fotografar outros fenômenos astronômicos, como a Via Láctea, auroras ou cometas brilhantes.

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