Ciência

Varíola de macaco: conheça os sintomas e quais são os países com casos

A OMS registrou mais de 250 infecções confirmadas e suspeitas de varíola

Varíola dos macacos (Centro de Controle de Doenças/Divulgação)

Varíola dos macacos (Centro de Controle de Doenças/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de maio de 2022 às 09h16.

Última atualização em 24 de maio de 2022 às 10h58.

A República Tcheca e a Eslovênia confirmaram seus primeiros casos de varíola dos macacos nesta terça-feira, 24. Com o registro, chegam a 18 o número de países que detectaram ao menos uma pessoa infectada desde o início do mês.

O que é varíola de macaco?

A varíola dos macacos, ou ortopoxvirosis simia, como o vírus é chamado, é uma doença rara cujo patógeno é transmitido principalmente do animal para o homem, de forma esporádica e apenas em regiões do continente africano. Embora antes do surto fosse considerada ainda mais difícil de ocorrer, a OMS explica que a transmissão entre humanos também sempre foi possível e se dá pelo contato com lesões, fluidos corporais, compartilhamento de materiais contaminados e vias respiratórias.

Quais são os sintomas da varíola de macaco?

Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados no passado em pacientes de varíola. Febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções na pele (lesões) que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente as mãos e os pés. Geralmente, a doença é leve, e os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas, embora casos graves já tenham sido relatados.

VEJA TAMBÉM: Governo cria comissão para acompanhar casos de varíola de macacos

Existe vacina para a varíola de macaco?

Não existem tratamentos específicos ou vacinas contra a varíola dos macacos, mas a OMS ressalta que a vacina para a varíola tradicional, que foi erradicada com a campanha de imunização em 1980, é até 85% eficaz para prevenir casos da versão que se espalha hoje.

Quantos casos da varíola de macaco foram confirmados?

A OMS registrou mais de 250 infecções confirmadas e suspeitas de varíola, com uma disseminação geográfica incomum para a doença que é endêmica em partes da África Ocidental e Central, mas rara em outros lugares. A maioria dos casos está na Europa, mas também há diagnósticos nos EUA, Canadá, Israel e Austrália. Na América Latina, há um caso suspeito que foi detectado na Argentina e está sob investigação.

Estados Unidos, Alemanha e França anunciam planos de vacinação como precaução

A Alemanha, por sua vez, ordenou que 40 mil doses de uma vacina nórdica da Baviera estejam prontas para vacinar contatos de pessoas infectadas com varíola dos macacos se um surto no país se tornar mais grave. Apesar disso, as autoridades apostam em outras medidas de precaução por enquanto. A autoridade de saúde da França também anunciou nesta terça-feira a recomendação do início de uma campanha de vacinação. E os EUA já haviam anunciado que possuem cerca de 1 mil doses da vacina e esperam que esse nível aumente muito rapidamente nas próximas semanas.

Quais países já tem casos da varíola de macaco?

  • Estados Unidos: confirmaram dois casos, o primeiro em 18 de maio. Um terceiro caso é suspeito em 23 de maio.
  • Canadá: confirmou duas infecções em 19 de maio. As autoridades de Quebec disseram que estavam investigando 17 casos suspeitos.
  • Itália: detectou o primeiro caso em 19 de maio. Depois, o número aumentou para quatro.
  • Suécia: confirmou seu primeiro caso em 19 de maio.
  • Austrália: em 20 de maio relatou seu primeiro caso em um viajante que retornou recentemente da Grã-Bretanha.
  • Alemanha: confirmou cinco casos, sendo o primeiro registrado em 20 de maio, num paciente brasileiro.

     

  • Bélgica: detectou dois casos em 20 de maio.

     

  • França: confirmou um primeiro caso na região de Paris em 20 de maio, segundo meios de comunicação franceses. Até agora, há três casos confirmados no total.

     

  • Holanda: relatou seu primeiro caso em 20 de maio. Desde então, confirmou "vários" mais pacientes, sem informar o número exato.

     

  • Israel: confirmou seu primeiro caso em 21 de maio.

     

  • Suíça: relatou seu primeiro caso confirmado em 21 de maio.

     

  • Áustria: confirmou seu primeiro caso em 22 de maio.

     

  • Dinamarca: confirmou seu primeiro caso em 23 de maio, e o segundo, em 24.

     

  • Portugal: registrou 14 novos casos confirmados em 23 de maio, elevando o total para 37.

     

  • Reino Unido: detectou 36 novos casos na Inglaterra em 23 de maio, elevando o número total de casos confirmados desde 7 de maio para 56. A Escócia confirmou seu primeiro caso da infecção viral.

     

  • Espanha: confirmou 40 casos até 24 de maio.

     

  • Eslovênia: confirmou o primeiro caso em 24 de maio.

     

  • República Tcheca: confirmou o primeiro caso em 24 de maio.

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