Ciência

Vacina de Oxford terá eficácia equivalente à da Pfizer, diz CEO da AstraZeneca

Pascal Soriot disse ainda que a vacina garante uma "proteção de 100%" contra as formas graves de covid-19

AstraZeneca: grupo farmacêutico afirmou que encontrou "a fórmula vencedora" para a vacina contra a covid-19 (Dado Ruvic/Reuters)

AstraZeneca: grupo farmacêutico afirmou que encontrou "a fórmula vencedora" para a vacina contra a covid-19 (Dado Ruvic/Reuters)

A

AFP

Publicado em 27 de dezembro de 2020 às 12h03.

O grupo farmacêutico britânico AstraZeneca afirmou que encontrou, após pesquisas adicionais, "a fórmula vencedora" para a vacina contra a covid-19 desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, sobre a qual a agência reguladora britânica deve se pronunciar nos próximos dias. 

"Acreditamos que encontramos a fórmula vencedora e como obter uma eficácia que, com duas doses, está à altura das demais", afirmou o diretor executivo da empresa, Pascal Soriot, ao jornal Sunday Times.

    Ele disse ainda que a vacina garante uma "proteção de 100%" contra as formas graves de covid-19.

    Nos resultados provisórios de testes clínicos em larga escala no Reino Unido e Brasil, o laboratório britânico anunciou em novembro que sua vacina tinha eficácia média de 70%, contra mais de 90% dos fármacos da Pfizer/BioNTech e Moderna.

    Por trás do resultado médio estão grandes diferenças entre dois protocolos: a eficácia alcança 90% para os voluntários que receberam primeiro metade da dose e uma dose completa um mês depois, mas de apenas 62% para outro grupo vacinado com duas doses completas.

    Os resultados foram criticados porque aconteceu um erro na injeção de meia dose, embora um grupo relativamente pequeno tenha seguido este protocolo. A empresa anunciou mais tarde que sua vacina exigia "estudos adicionais".

    A vacina Oxford/AstraZeneca é aguardada com impaciência porque é relativamente barata e não precisa ser armazenada a uma temperatura tão fria como a da Pfizer/BioNTech, por exemplo, que deve ser mantida a -70 graus.

    O fármaco da AstraZeneca pode ser armazenado em condições de refrigeração (2 a 8 graus), o que facilita a vacinação em larga escala e em casas de repouso.

    O Reino Unido foi o primeiro país ocidental a iniciar a imunização com a vacina da Pfizer/BioNTech, no início de dezembro. Agora conta com a segunda vacina Oxford/AstraZeneca para ganhar impulso e cortar a curva de aumento de casos atribuídos à nova cepa do coronavírus detectada em seu território.

    Diante da mutação, "pensamos no momento que a vacina deve continuar sendo eficaz", afirmou Pascal Soriot. "Mas não podemos ter certeza e faremos alguns testes".

    Ele garantiu que novas versões foram preparadas, mas espera que não sejam necessárias: "Você tem que estar preparado".

    O governo do Reino Unido informou na quarta-feira que apresentou os dados completos da vacina Oxford/AstraZeneca à agência reguladora do Reino Unido, a MHRA (Medicines and Healthcare products Regulatory Agency).

    Acompanhe tudo sobre:AstraZenecaCoronavírusPandemiaUniversidade de Oxfordvacina contra coronavírusVacinas

    Mais de Ciência

    Álcool: quanto você pode beber e ainda assim ficar saudável?

    Caverna na Lua poderia abrigar humanos; entenda

    Crise climática pode impactar vida sexual dos insetos, diz estudo

    Quais as suplementos devemos evitar nos treinos?

    Mais na Exame