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Vacina da Johnson & Johnson da covid-19 gera resposta imune duradoura, diz estudo preliminar

Após uma única dose, os anticorpos neutralizantes foram encontrados em mais de 90% dos participantes do estudo

Johnson & Johnson: vacina da empresa se mostrou segura em testes preliminares (Budrul Chukrut/Reuters)

Tamires Vitorio

Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 08h45.

Última atualização em 19 de janeiro de 2021 às 15h41.

Um estudo preliminar publicado na última semana sobre a vacina da farmacêutica americana Johnson & Johnson contra o novo coronavírus aponta que a resposta imune gerada por ela pode ser duradoura.

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Foram analisados para o teste 805 voluntários com idades entre 18 e 55 anos. Após uma única dose, os anticorpos neutralizantes foram encontrados em mais de 90% dos participantes do estudo depois de 29 dias, em 100% deles no 57º dia depois da administração da vacina.

Os anticorpos permaneceram estáveis até o 71º dia. Os dados são das fases 1/2a. A J&J continuará a observar todos os participantes das fases de testes da vacina por um ano para entender qual é, exatamente, a duração dela.

Foram testados nesse estudo dois regimes da vacina: o de uma dose e o de duas doses – seguindo os exemplos de outros imunizantes já aprovados, como a CoronaVac e a da Pfizer com a BioNTech.

Os efeitos adversos mais comuns foram fadiga, dores de cabeça, dores musculares e dores no local da injeção. Em pessoas mais velhas, as reações foram menores. Quando duas doses foram administradas, com uma diferença de 56 dias entre elas, os efeitos colaterais foram reduzidos após a aplicação da segunda – e a presença de anticorpos dobrou.

Resultados sobre a eficácia da vacina em testes de fase 3 devem ser divulgados somente no final deste mês, segundo a companhia. Eles, no entanto, dirão respeito à tentativa de utilizar a vacina em dose única, o que pode mudar de uma vez por todas o curso da pandemia. Ter uma vacina de dose única pode facilitar as campanhas de vacinação e também a importação.

A vacina da companhia é baseada no adenovírus – assim como a de Oxford com a AstraZeneca e a do Instituto Gamaleya. Nessa tecnologia, o adenovírus (grupo de vírus que causam doenças respiratórias) é unido ao material genético das proteínas da espícula do coronavírus (que são usadas pelo vírus para infectar as células humanas).

As fases para a aprovação de uma vacina

Para uma vacina ser aprovada, ela precisa passar por diversas fases de testes clínicos prévios e em humanos. Primeiro, ela passa por fases pré-clínicos, que incluem testes em animais como ratos ou macacos para identificar se a proteção produz resposta imunológica.

A fase 1 é a inicial, quando os laboratórios tentam comprovar a segurança de seus medicamentos em seres humanos; a fase 2 tenta estabelecer de a vacina ou o remédio produz imunidade contra um vírus. Já a fase 3 é a última do estudo e procura demonstrar a eficácia da imunização.

Uma vacina é finalmente disponibilizada para a população quando a fase 3 é finalizada e a proteção recebe um registro sanitário.

Veja também: Vacinas: como funcionam e são feitas? | EXAMINANDO

 

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