Ciência

UE diz ainda não estar claro se vacinas precisam de adaptação para ômicron

A agência reguladora da União Europeia afirmou que ainda não há indícios de que as atuais vacinas precisem de alterações contra a ômicron

Vacinação em Berlim: 69% da população da UE está vacinada completamente, mas governos precisam aumentar esta fatia para conter a ômicron (Hannibal Hanschke/Reuters)

Vacinação em Berlim: 69% da população da UE está vacinada completamente, mas governos precisam aumentar esta fatia para conter a ômicron (Hannibal Hanschke/Reuters)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 21 de dezembro de 2021 às 14h05.

Última atualização em 21 de dezembro de 2021 às 14h15.

A agência reguladora de medicamentos da União Europeia, a EMA, afirmou que ainda não há indícios de que seja necessário que as atuais vacinas contra a covid-19 precisarão ser atualizadas para a variante ômicron do coronavírus.

"Ainda não se sabe se precisaremos adaptar vacinas", disse Emer Cook, diretora-executiva da EMA, em comunicado à imprensa. A EMA disse estar preparada, no entanto, caso a adaptação precise ocorrer.

Cook disse que a agência necessita de mais dados sobre a eficácia da vacina, a transmissibilidade da variante ômicron e a gravidade da doença que ela causa. Por ora, os primeiros estudos têm mostrado que a ômicron se mostra mais transmissível, infectando inclusive os já vacinados, mas não tende a causar a forma mais grave da covid-19 nos imunizados.

Cook disse que não acreditava que o mundo ainda estaria em uma pandemia um ano atrás, quando a EMA deu sua aprovação regulatória à vacina desenvolvida pela Pfizer-BioNTech, a primeira da região.

Apesar do comunicado da EMA, governos da União Europeia já acionaram a Pfizer neste mês para negociar um contrato de compra de vacinas adaptadas à ômicron.

A UE tem capacidade de fabricar 300 milhões de doses de vacinas por mês, já que as farmacêuticas aumentaram a produção para atender à demanda crescente de sua população de 450 milhões de habitantes.

O principal problema europeu no momento, assim como em outros países desenvolvidos, é aumentar a taxa de vacinação com os imunizantes que já existem.

Juntos, os países do bloco europeu têm hoje quase 69% da população vacinada com duas doses ou dose única da Janssen, e 72% com pelo menos uma dose (o Brasil tem 66% completamente vacinados, e 77% com ao menos uma dose). Com o aumento de casos entre não vacinados e a preocupação crescente com a ômicron, governos têm tentando ampliar este número.

Em alguns países, como Alemanha e Áustria, já foram implementadas restrições específicas para os não vacinados.

(Da Redação e com Pushkala Aripaka e Josephine Mason, da Reuters)

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