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Transmissão de covid-19 entre mães e bebês pode ser improvável, diz estudo

Pesquisa com 120 recém-nascidos mostra que não houve transmissão do vírus durante o parto ou a amamentação – mas alguns cuidados foram necessários

Covid-19: Olivia, no dia 18 de maio, na Itália, durante o pico do coronavírus no país. Novos estudos sugerem que transmissão do vírus entre mães e recém-nascidos é improvável (Fabrizio Villa / Colaborador/Getty Images)
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Rodrigo Loureiro

Publicado em 23 de julho de 2020 às 19h30.

Última atualização em 23 de julho de 2020 às 19h53.

Um estudo publicado na revista científica The Lancet Child & Adolescent Health sugere que é improvável que mães que contraíram o novo coronavírus transmitam a doença para seus bebês recém-nascidos, desde que alguns cuidados de higiene forem respeitados. Caso as recomendações sejam seguidas, pode não haver problema em uma mãe permanecer no mesmo quarto ou mesmo amamentar os filhos.

O estudo foi realizado com 120 bebês nascidos de mães que contraíram covid-19 durante os últimos meses. Os resultados mostram que não houve casos de transmissão do vírus durante o parto ou após duas semanas de amamentação e contato pele com pele.

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“Esperamos que nosso estudo forneça alguma garantia às novas mães de que o risco de passar o vírus para os bebês é muito baixo”, diz Christine M. Salvatore, do Hospital Infantil Komansky de Weill Cornell Medicine, em Nova York, e responsável pela pesquisa.

Apesar de os resultados serem positivos, ainda é necessário que um estudo mais amplo seja realizado para garantir que não há risco de transmissão da doença. “Os dados sobre o risco de transmissão durante a gravidez ou durante a amamentação são limitados a um pequeno número de estudos de caso”, afirmou a pesquisadora.

As análises foram realizadas com 120 bebês nascidos de 116 mães em três hospitais de Nova York. Os recém-nascidos foram submetidos aos testes PCR, para a detecção do coronavírus, nas 24 horas posteriores ao parto. Com os resultados negativos, os bebês então foram mantidos em berços fechados durante todo o tempo, exceto na amamentação.

Uma série de cuidados também foi aplicada às mães. Elas precisavam usar máscaras cirúrgicas enquanto alimentavam os bebês e também era necessário realizar higienizações frequentes nas mãos e nos seios.

“Sabemos que o contato pele com pele e a amamentação são importantes tanto para o vínculo mãe-bebê quanto para a saúde infantil no longo prazo”, afirmou Patricia DeLaMora, coautora do estudo. “As descobertas sugerem que os bebês ainda podem se beneficiar com segurança.”

Vale destacar que tanto a Organização Mundial de Saúde como o Colégio Real de Obstetras e Ginecologistas de Londres, na Inglaterra, recomendam que as mães dividam os quartos com seus bebês e os amamentem. Desde que, claro, tomados os devidos cuidados com a higiene.

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