Tecnologia inativa mais de 99% do coronavírus no ar em 1 minuto
Segundo a agência de notícias Lusa, tecnologia pode inativar 99,9% das partículas de covid-19 em um intervalo de apenas um minuto
Mariana Martucci
Publicado em 28 de julho de 2020 às 16h02.
Última atualização em 28 de julho de 2020 às 17h27.
Uma tecnologia pioneira, que consegue inativar, em apenas um minuto, 99,97% das partículas de covid-19 no ar, acaba de ser desenvolvida em Portugal , segundo a agência de notícias Lusa.
O estudo foi desenvolvido pelo Campus de Tecnologia e Inovação da BLC3, em Oliveira do Hospital, em parceria com a Universidade do Minho e as faculdades de farmácia das universidades de Lisboa e de Coimbra, afirmou João Nunes, coordenador da pesquisa, à agência Lusa.
“Em um minuto, de 16.982 partículas de vírus Sars-CoV-2, apenas cinco partículas não foram inativadas, o que deu um resultado efetivo em 99,97% da amostra. E, ao fim de cinco minutos, obteve-se uma inatividade total, de 100%, e sem qualquer variação no comportamento do vírus”, disse Nunes.
A tecnologia, denominada AT MicroProtect, baseia-se em um “novo conceito de 'física inversa', que integra um sistema de emissão de ondas, muito mais eficiente que a radiação solar, com o desenvolvimento de algoritmos matemáticos e físicos sobre o comportamento do vírus ”, reitera João.
O vírusSARs-COV-2 está na origem da pandemia da covid-19 e uma das formas mais perigosas e menos controláveis de se transmitir entre as pessoas é pelo ar. Assim, oequipamento, que é movido a energia elétrica, visa ser aplicado na proteção de profissionais da saúde, nos meios de transportes aéreos e terrestres e no interior de edifícios ocupados por um elevado número de pessoas, como aeroportos e centros comerciais ou lares de idosos.
João conclui que o vírus por si só não tem inteligência e nós, seres humanos, temos inteligência e conhecimento. "Essa é a melhor arma que podemos usar contra o vírus e as pandemias. Não se pode esperar só por uma resposta de vacinas e medicamentos perante uma situação de vírus aéreos, que também é importante. Quer para esta pandemia como para outras".