Por que milhares marcharão pelo Planeta e a Ciência em 22/04
Milhares de pessoas sairão às ruas no Dia da Terra para destacar a importância da atividade científica para as nossas vidas e o futuro do Planeta
Vanessa Barbosa
Publicado em 21 de abril de 2017 às 08h07.
Última atualização em 21 de abril de 2017 às 08h07.
São Paulo - Diante do aparente desdém e ataques da administração de Donald Trump à Ciência , milhares de pessoas sairão às ruas neste sábado (22), Dia da Terra, para uma marcha global em defesa dessa atividade tão importante que convoca o raciocínio e o método para interpretar e relacionar fatos.
Alguns querem mais diversidade no meio científico, outros defendem mais "ciência para o povo" (que contemple, por exemplo, as classes marginalizadas da sociedade), alguns são contra os cortes propostos aos orçamentos de pesquisa, enquanto outros defendem o valor da atividade científica para tomada de decisões políticas baseadas em evidências.
As razões para marchar no próximo sábado são muitas, mas nenhum assunto galvanizou tanto as atenções da academia do que as tentativas de desmantelamento de importantes políticas ambientais pelo atual governo americano.
Afinal, o bem estar da humanidade, do meio ambiente e da própria economia dependem da gestão responsável dos recursos naturais que a Terra, generosa, nos oferta. Há tempos, porém, nos distanciamos da natureza a ponto de nos julgarmos seres autossuficientes e independentes dela.
Mas o ritmo das transformações pelas quais o mundo vem passando está se acelerando e seria um perigo ignorar isso. É preciso resgatar o elo perdido e reconhecer que todos enfrentamos os mesmos desafios e estamos conectados e unidos por um objetivo comum: uma vida próspera e sustentável no Planeta.
A marcha pela ciência ocorrerá em mais de 500 cidades ao redor do planeta e está sendo organizada localmente por cientistas e entusiastas da ciência e envolvem instituições de ponta em ciência e educação.
No Brasil, onde a ciência está em risco por conta dos cortes indiscriminados nos orçamentos do governo, estão confirmadas manifestações em mais de 10 cidades: Belém, Belo Horizonte, Diamantina, Natal, Pato Branco, Petrópolis, Petrolina, Porto Alegre, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo.
Desde o começo do ano, nos EUA, uma série de eventos de menor escala começaram a "aquecer os motores" para marcha global pela Ciência. Confira algumas imagens que rodaram as redes sociais:
"Se você não é parte da solução, você é parte da precipitação"
"Medo e ignorância são a fórmula para o ódio"
"O Planeta está mudando, e por que nós não?" e "Não existe Planeta B"
"Os oceanos estão se elevando, e nós também"