Ciência

Poeira da Via Láctea é encontrada em galáxia a 11 bilhões de anos-luz

Morte de estrela ajudou pesquisadores a observar a colisão de poeira rica em carbono vinda de outra galáxia

 (NASA/CXC/PSU/K. Getman et al.; IRL NASA/JPL-Caltech/CfA/J. Wang et al./Reprodução)

(NASA/CXC/PSU/K. Getman et al.; IRL NASA/JPL-Caltech/CfA/J. Wang et al./Reprodução)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 6 de julho de 2018 às 05h55.

Última atualização em 6 de julho de 2018 às 05h55.

São Paulo – Um tipo de poeira interestelar da Via Láctea foi encontrada por pesquisadores em uma galáxia a 11 bilhões de anos-luz de distância da Terra. O estudo foi feito por integrantes do Instituto Niels Bohr, da Universidade de Copenhagen.

A novidade pode ajudar a ciência a entender como a poeira é formada, o que é importante para a humanidade compreender melhor o universo. A poeira, apesar de ser apenas uma parte, é um dos componentes das galáxias, assim como estrelas, gases, astros e matéria escura. A poeira interestelar é importante para galáxias em geral porque é decisiva na formação de planetas. Ela também ajuda a entender o comportamento da luz, uma vez que pode tanto absorvê-la quanto dispersá-la.

A poeira da Via Láctea tem particularmente mais carbono do que a empresa em outras galáxias antes, onde era comum que os astrônomos e pesquisadores encontrassem partículas de ferro, silício e alumínio.

A descoberta foi feita usando um artifício natural: a explosão de estrelas de grande porte. Quando chegam ao fim, elas emitem raios gama, cuja luz é usada para analisar os elementos em outras galáxias. O resultado da análise dos raios gama batizados de GRB180325A foi aceito para publicação do periódico científico Astrophysical Journal Letters. A explosão foi observada a partir de quatro pontos de vista de diferentes centros de pesquisa astronômica do mundo.

Para os pesquisadores, pesquisas coordenadas globalmente como essa podem ajudar a ter um melhor entendimento de fenômenos astronômicos importantes e, como quase sempre na astronomia, ajudar a entendermos mais sobre a origem do universo.

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