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Pesquisa diz com qual idade a chance de achar o sentido da vida é maior

Novo estudo aponta relação entre respostas para o sentido da vida e diz qual faixa etária é mais propensa a se encontrar

Sentido da vida: pesquisa revela que indivíduos na faixa etária dos 60 anos são mais propensos a descobrirem a resposta (Getty Images/Reprodução)
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Maria Eduarda Cury

Publicado em 22 de dezembro de 2019 às 09h00.

Última atualização em 22 de dezembro de 2019 às 10h00.

São Paulo - Descobrir o significado da vida é uma questão que indivíduos de todas as faixas etárias parecem tentar desvendar. No entanto, uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos , apontou que os seres humanos podem ter mais facilidade em entender o propósito de suas vidas ao alcançarem os 60 anos de idade.

Se baseando em estudos anteriores que indicam que o real significado da vida aparece após as crises de meia-idade, o professor de psiquiatria e neurociências da Faculdade, Dilip V Jeste, e sua equipe estudaram dados de 1.042 indivíduos, cuja faixa etária variava entre 21 e mais de 100 anos, durante três anos consecutivos.

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Realizando entrevistas e questionários com os participantes, eles perceberam que os indivíduos que possuíam cerca de 60 anos reagiam de forma mais positiva para frases como "Descobri um propósito de vida satisfatório", enquanto os participantes mais novos se identificavam mais com sentenças como "Estou buscando um propósito ou missão para minha vida".

Além disso, também foi revelado uma relação inversamente proporcional entre a busca pela resposta e a presença real dela nas vidas dos usuários. Quanto mais se procurava o sentido da vida - na faixa dos 20 e 30 anos de idade para a maioria dos participantes -, era menos provável que a resposta fosse descoberta.

 

Em comentário feito em nota, Veste informou que, apesar do ponto ideal ter sido apontado como a faixa dos 60 anos, ele não dura muito: "Depois dos 60 anos, as coisas começam a mudar. As pessoas se aposentam do emprego e começam a perder a identidade. Elas começam a desenvolver problemas de saúde e alguns de seus amigos e familiares começam a falecer. Eles começam a procurar o significado da vida novamente, porque o significado que uma vez mudou", comentou o autor da pesquisa.

Outro ponto que a pesquisa levantou foi a relação entre a descoberta do significado da vida ao bem-estar físico e mental, de modo que os indivíduos que descobriram seu propósito demonstraram estar mais felizes do que os que ainda estavam na procura.

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