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Perguntar sobre antes do Big Bang não faz sentido para Hawking

O astrofísico fez uma analogia entre ciência e economia para explicar que "ao contrário da inflação nos preços, a inflação no Universo é algo bom"

Hawking: ele acredita que a humanidade não irá sobreviver outros mil anos na Terra (Bryan Bedder/Getty Images)
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EFE

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 21h56.

Última atualização em 5 de abril de 2017 às 11h49.

Cidade do Vaticano - O cientista britânico Stephen Hawking falou nesta sexta-feira no Vaticano sobre a expansão do Universo e afirmou que perguntar sobre "o que havia antes do Big Bang" não faz sentido, pois "é como questionar o que há mais ao sul do Polo Sul".

Hawking fez estas reflexões durante o encontro "Ciência e sustentabilidade: impactos do conhecimento científico e da tecnologia na sociedade humana e seu ambiente", organizado pela Pontifícia Academia das Ciências e que será realizado até o 29 de novembro na Casina Pio IV do Vaticano.

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Durante seu discurso de aproximadamente 20 minutos, Hawking considerou que "o descobrimento da expansão do Universo" foi um dos achados "intelectuais mais importantes" dos últimos tempos.

Além disso, o astrofísico britânico fez uma analogia entre ciência e economia para explicar que "ao contrário da inflação nos preços, a inflação no Universo é algo bom".

Hawking também aproveitou a ocasião para lembrar de uma conferência que participou no Vaticano em 1981, na qual disse que "o tempo e o espaço (...) não têm limite ou idade".

Em outro momento de seu discurso, o cientista lembrou que podem existir "dúvidas sobre uma ideia amplamente aceita" em relação à noção de que "a inflação eterna dá origem a um Universo infinitamente grande que contém uma grande variedade de grupos diferentes de universos".

"Ao invés disso - disse -, o fim da inflação eterna é razoavelmente suave, levando a um Universo muito mais simples que é globalmente finito. Isto implicaria uma significativa redução do multiverso a um grupo muito menor de universos", expôs.

Em 28 de novembro, os participantes deste encontro serão recebidos pelo papa Francisco.

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