Pepita de âmbar avaliada em mais de um milhão de dólares foi usada por décadas para travar porta na Romênia (Reprodução)
Repórter da Home
Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 12h19.
Uma das maiores pepitas de âmbar já encontradas foi usada por anos por uma idosa na Romênia como simples peso de porta. Avaliada em mais de um milhão de euros (aproximadamente R$ 6,19 milhões, na cotação atual), a peça rara não teve seu valor reconhecido pela dona, que a encontrou no leito de um riacho. Durante esse período, o objeto foi tratado como um mero batente.
Curiosamente, nem mesmo os ladrões de joias que invadiram a casa para roubo desconfiaram da peça, deixando-a para trás, de acordo com informações da imprensa local.
No momento, a pepita está guardada no Museu Provincial de Buzau, informou o diretor da instituição, Daniel Costache, em entrevista ao jornal El País.
Pesando cerca de 3,5 kg, a pedra só teve seu valor reconhecido quando foi herdada por um parente da proprietária original. Inicialmente cético, o novo dono passou a investigar melhor o item, decidindo submetê-lo a um especialista, que confirmou sua raridade. O objeto foi então vendido ao governo romeno, que o declarou como um tesouro nacional.
Especialistas do Museu de História de Cracóvia, na Polônia, confirmaram a autenticidade da pedra de âmbar e estimaram sua idade entre 38,5 e 70 milhões de anos.
“Sua descoberta representa um grande significado tanto em nível científico quanto em nível de museu”, disse Costache. De acordo com o diretor, o valor é incalculável e que esta seria uma das maiores peças do mundo e a maior do gênero.
Membros da família do proprietário contaram que a antiga dona da pepita foi vítima de um arrombamento, no qual apenas algumas joias de ouro de baixo valor foram levadas, enquanto a valiosa pepita de âmbar foi completamente ignorada pelos criminosos.
“Na busca frenética por objetos de valor, eles ignoraram o verdadeiro tesouro que estava ali diante de seus olhos”, disseram.
A Romênia é um dos países com os maiores depósitos de âmbar, e o Condado de Buzau é uma das regiões mais ricas dessa pedra semipreciosa.