Ciência

Nasa intensifica busca por planetas além do sistema solar

Agência espacial americana planeja lançar satélite ao espaço em 16 de abril para uma missão de dois anos

Além do sistema solar: custo da missão com o Tess está estimado em US$ 337 milhões (NASA/Twitter/Reprodução)

Além do sistema solar: custo da missão com o Tess está estimado em US$ 337 milhões (NASA/Twitter/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 29 de março de 2018 às 21h14.

Última atualização em 29 de março de 2018 às 22h04.

A busca por planetas orbitando estrelas bem além do nosso sistema solar irá se intensificar nas próximas semanas com o lançamento de um veículo espacial da Nasa que cientistas esperam poder aumentar o catálogo conhecido dos chamados exoplanetas, que podem ter capacidade de suportar vida.

A Nasa planeja colocar o Satélite em Trânsito de Pesquisa por Exoplanetas, ou Tess, na sigla em inglês, em órbita a partir do Kennedy Space Center, na Flórida, a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 marcado para lançamento em 16 de abril, em uma missão de dois anos com custo de 337 milhões de dólares.

O empenho astrofísico mais recente da Nasa é projetado para continuar o trabalho de seu antecessor, o telescópio espacial Kepler, que descobriu a maior parte dos cerca de 3.500 exoplanetas documentados durante os últimos 20 anos, revolucionando um dos campos mais recentes na ciência espacial.

A Nasa espera que o Tess detecte milhares de planetas anteriormente desconhecidos, talvez centenas deles com formato da Terra ou "super-Terra" - não mais que duas vezes maior que nosso planeta.

Acredita-se que tais planetas tenham as maiores chances de ter superfícies rochosas ou oceanos, e são então considerados os candidatos mais promissores para a evolução da vida, ao contrário de gigantes gasosos similares a Júpiter ou Netuno.

Astrônomos dizem que esperam ficar com cerca de 100 mais exoplanetas rochosos para estudar.

A nova sonda irá demorar cerca de 60 dias para alcançar sua inédita órbita elíptica, que irá girar o Tess entre a Terra e a Lua a cada duas semanas e meia.

O sistema de posicionamento do Kepler quebrou em 2013, cerca de quatro anos após seu lançamento. Embora cientistas tenham encontrado uma maneira de mantê-lo operacional, o Kepler está quase sem combustível.

"Então é um momento perfeito para lançarmos o Tess e continuarmos a grande atividade de buscar planetas ao redor de estrelas em vez do nosso sol e pensar sobre o que pode significar para a vida no universo", disse o diretor de astrofísica da Nasa, Paul Hertz, a repórteres durante entrevista coletiva em Washington nesta quarta-feira.

O Tess, que tem cerca do tamanho de uma geladeira com asas de painéis solares, é equipado com quatro câmeras especiais para inspecionar 200 mil estrelas que estão relativamente próximas ao sol e assim entre as mais brilhantes no céu, buscando aquelas com planetas próprios.

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