(lululemon athletica/Wikimedia Commons)
Laura Pancini
Publicado em 12 de fevereiro de 2022 às 09h00.
Pessoas que são esquecidas ou têm problemas em tomar uma decisão com pressa podem se beneficiar da meditação. Um estudo da Michigan State University indica que o hábito pode ajudar a ser menos propenso a cometer erros.
Publicada no periódico Brain Sciences, a pesquisa recrutou mais de 200 participantes que nunca haviam meditado antes. O objetivo era testar como a meditação de monitoramento aberto afetava a forma como as pessoas detectam e respondem a erros em um exercício de 20 minutos.
A meditação de monitoramento aberto é quando a concentração fica voltada não na respiração ou num único objeto, mas sim no que está acontecendo na mente e corpo. Sentimentos, pensamentos ou sensações são o foco.
“O objetivo é sentar-se em silêncio e prestar muita atenção para onde a mente viaja, sem ficar muito preso no cenário”, disse Jeff Lin, doutorando em psicologia da MSU e coautor do estudo.
Para chegar aos resultados, a equipe por trás do estudo mediu a atividade cerebral dos participantes por meio de eletroencefalografia, ou EEG, enquanto eles meditavam. Em seguida, eles completaram um teste de distração computadorizado.
“O EEG pode medir a atividade cerebral no nível de milissegundos, então obtivemos medidas precisas da atividade neural logo após os erros em comparação com as respostas corretas”, disse Lin.
O que foi observado é um sinal neural que ocorre cerca de meio segundo após um erro, chamado positividade do erro. Ele está ligado ao reconhecimento consciente de que a pessoa fez algo que não estava certo, algo que aumentou naqueles que meditam ao responder ao teste.
Os pesquisadores acreditam que a conclusão mostra o potencial da meditação sustentada. “Essas descobertas são uma forte demonstração do que apenas 20 minutos de meditação podem fazer para aumentar a capacidade do cérebro de detectar e prestar atenção aos erros”, disse Jason Moser, coautor do estudo.