Ciência

Maconha pode mexer com o seu cérebro–e com suas decisões

Estudo indica alteração no cérebro de ratos, que pode se provar verdadeiro em humanos

Maconha: nova lei entrará em vigor em 11 de janeiro de 2020. (Reprodução/Getty Images)

Maconha: nova lei entrará em vigor em 11 de janeiro de 2020. (Reprodução/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 10 de novembro de 2018 às 05h55.

Última atualização em 10 de novembro de 2018 às 05h55.

São Paulo – O uso da maconha na adolescência pode ocasionar alteração na área do cérebro responsável pela tomada de decisão, de acordo com um estudo feito com ratos por pesquisadores da Universidade de Illinois, em Chicago.

O efeito foi observado mais em espécimes machos, as fêmeas podem ter maior proteção ou resistência a essa consequência do uso da erva.

"A adolescência é um período perigoso para insultar o cérebro, particularmente com o abuso de substâncias", afirmou Eliza Jacobs-Brichford, neurocientista comportamental e uma das autoras do estudo, de acordo com o site de divulgação científica Science News.

O efeito encontrado pelos pesquisadores se dá nas células nervosas. Elas são envoltas de redes perineuronais, que ajudam a estabilizar as conexões entre as células e frear sua atividade. Com o uso de uma substância parecida com maconha, a quantidade observada de redes perineuronais foi menor do que a vista em ratos machos que não foram submetidos ao teste.

Não há informações concretas sobre o que efetivamente muda no processo de decisão, sabe-se apenas que ele é afetado pelo uso da maconha. Vale notar que o estudo precisa ser feito em humanos para comprovar esse efeito da erva.

Acompanhe tudo sobre:MaconhaMedicinaPesquisas científicas

Mais de Ciência

Sonda Parker realiza aproximação recorde ao Sol em missão revolucionária

O próximo grande desastre vulcânico pode causar caos global — e o mundo não está preparado

Cientistas constatam 'tempo negativo' em experimentos quânticos

Missões para a Lua, Marte e Mercúrio: veja destaques na exploração espacial em 2024