Laboratório da L'Oreal na UFRJ produz pele humana para pesquisas
O material produzido será utilizado para substituir uso de animais como cobaias em testes de produtos
Agência Brasil
Publicado em 11 de setembro de 2019 às 13h58.
Última atualização em 12 de setembro de 2019 às 16h04.
O campus do Fundão da UFRJ , Universidade Federal do Rio de Janeiro, ganhou o primeiro laboratório do país de bioengenharia de tecidos que vai disponibilizar pele reconstruída para testes em produtos.
O laboratório Episkin, situado no Centro de Pesquisa & Inovação da L’Oréal na Cidade Universitária, é uma subsidiária da L’Oréal.
O material produzido pela unidade será utilizado em substituição ao uso de animais como cobaias em testes de produtos.
O processo começa com a doação de restos de cirurgias plásticas para o laboratório. Daí se extraem os chamados queratinócitos. Essas células são cultivadas em placas de cultura e, depois de 17 dias em contato com o ar, se proliferam, formando múltiplas camadas de pele.
Sua inauguração constitui antecipação do prazo do dia 24 de setembro dado pelo CONCEA, Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, para o fim do uso de animais em testes de segurança sempre que haja uma alternativa validada.
Em três anos de atividade da Episkin no Brasil, mais de 5 mil tecidos de pele reconstruídos foram gerados e utilizados no treinamento de mais de 100 pesquisadores no país e no Mercosul, o que possibilitou a implementação de métodos alternativos em diversos laboratórios interessados em reduzir ou substituir os testes em animais.
Com a inauguração de sua nova unidade de produção, essa capacidade aumentará para 10 mil unidades por ano.