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Governo chinês está "muito preocupado com" caso de modificação genética

Cientistas chineses afirmaram que criaram os primeiros bebês do mundo geneticamente modificados, ao torná-los resistentes a doenças como HIV e cólera

DNA: suposta modificação genética de embriões foi feita em duas meninas gêmeas por um cientista do país asiático (cosmin4000/Thinkstock)
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EFE

Publicado em 28 de novembro de 2018 às 11h15.

Pequim - O Ministério de Ciência e Tecnologia da China está "muito preocupado com a" suposta modificação genética de embriões de duas meninas gêmeas realizada por um cientista do país asiático, informou nesta quarta-feira a agência estatal de notícias "Xinhua".

O órgão se reuniu com urgência na noite de segunda-feira, depois do anúncio por parte do cientista chinês He Jiankui de que tinha conseguido modificar com sucesso os genes de duas meninas gêmeas, afirmou o vice-ministro de Ciência e Tecnologia, Xu Nanping.

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Nesse sentido, Xu esclareceu que o seu departamento está "muito preocupado" e que o caso será discutido "seriamente" uma vez que se esclareça o ocorrido.

O vice-ministro lembrou que a China limita a pesquisa de células embrionárias até um máximo de 14 dias, em cumprimento do código de ética redigido pelo Ministério de Ciência e Tecnologia e pelo Ministério da Saúde do país em 2003.

He defendeu nesta quarta-feira na Universidade de Hong Kong a efetividade de seu experimento, com o qual assegura ter criado os primeiros bebês geneticamente modificados do mundo para que sejam resistentes a certas doenças como o HIV.

Na segunda-feira, a Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da cidade de Shenzhen anunciou que vai investigar o cientista para determinar se seu experimentou violou as leis e seus regulamentos.

O centro afirmou que está "profundamente comovido com o caso", que qualificou como "uma grave violação da ética e dos padrões acadêmicos". EFE

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