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Estudo mostra que remédios existentes podem ser usados contra o Covid-19

Os remédios já aprovados podem ser um tratamento mais fácil para coronavírus da China do que novas vacinas, na avaliação de cientistas

Coronavírus: pesquisa diz que antibióticos já aprovados possuem mais chances de tratar coronavírus do que novos remédios (Massimo Pinca/Reuters)
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Maria Eduarda Cury

Publicado em 27 de fevereiro de 2020 às 19h32.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2020 às 11h03.

São Paulo - Com o crescente número de pessoas infectadas pelo coronavírus (Covid-19), que teve início na China , médicos e cientistas intensificam a procura por uma vacina rápida e eficaz. Apesar de existirem projetos, ainda sem falta a aprovação clínica para oferta à população. Nesse contexto, um estudo realizado pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, na Noruega , mostra que medicamentos já existentes podem ser o tratamento ideal para pacientes que contraíram o vírus desde o início do surto.

Publicado no International Journal of Infectious Diseases, o estudo feito por cientistas da Europa diz que antibióticos já comercializados podem ser capazes de impedir a propagação do vírus em questão - e, também, de outros - no organismo. De acordo com os autores da pesquisa, remédios antivirais que já foram testados e aprovados podem ser redirecionados para tratar coronavírus, já que são comprovadamente seguros para o ser humano.

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Denis Kainov, principal autor da pesquisa, acredita que reutilizar medicamentos, como o antibiótico Teicoplanina, é uma forma de aprimorar o uso dos mesmos."O reaproveitamento de medicamentos é uma estratégia para gerar valor adicional a partir de um medicamento existente, visando outras doenças além daquelas para as quais se destinava originalmente. Por exemplo, teicoplanina, oritavancina, dalbavancina e monensina são antibióticos aprovados que demonstram inibir a corona e outros vírus em laboratório", disse Kainov, em nota, no estudo.

O Covid-19, nome dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o vírus, já foi detectado em cerca de 45 países ao redor do mundo, incluindo países da América Latina - como Chile e Brasil . Segundo a OMS, o vírus é responsável por sintomas considerados leves, como dor de garganta, tosse e febre. Em casos mais graves, os afetados podem ter pneumonia ou dificuldades para respirar. No caso de indivíduos com condições de saúde já existentes, o vírus pode acabar sendo fatal.

Segundo a pesquisa, reposicionar medicamentos apresenta uma probabilidade maior de sucesso do que os possíveis novos remédios, uma vez que sua composição química já é cientificamente aprovada. O relatório indica que os cientistas já encontraram 120 medicamentos que podem ser úteis contra o coronavírus. A partir da descoberta, eles criaram um banco de dados onde 31 dos 120 foram listados como possíveis candidatos.

Para os pesquisadores, o início da reutilização de medicamentos pode significar uma melhora na qualidade de vida dos pacientes e um aumento no número de anos de vida saudável, além de diminuir drasticamente os custos de atendimento hospitalar.

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