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Estudo: Conspiracionistas têm maior probabilidade de ter covid-19

Ao entrevistar 5.745 pessoas, a pesquisa feita na Holanda atribuiu o fato ao comportamento que evita orientações de saúde como o uso de máscaras e testagem para o vírus

Por consequência, os conspiracionistas experimentam mais rejeição social, perda de empregos, redução de renda e diminuição do bem-estar (Marc Dufresne/Getty Images)
AL

André Lopes

Publicado em 1 de novembro de 2021 às 11h03.

Uma nova pesquisa descobriu que 'as pessoas que acreditam em teorias da conspiração sobre covid-19 têm maior probabilidade de serem infectadas pelo vírus'.

Trata-se de um estudo da Universidade Livre de Amsterdã, publicado na revista científica Cambridge University Press, e que, ao entrevistar 5.745 pessoas, obteve a constatação de que os consultados que estavam no campo conspiracionista tinham menos probabilidade de realizarem testes para covid-19, e quando testados, tinham maior probabilidade de já estarem infectados.

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O estudo também observa que há uma chance maior desse grupo violar as orientações de contenção do vírus, principalmente o uso de máscaras, e junto disso, experimentar rejeição social, perda de empregos, redução de renda e diminuição do bem-estar geral.

"Uma propriedade básica das teorias da conspiração é que elas geram consequências mesmo quando se tratam de teorias extremamente distante da lógica ou de evidências científicas. Se ela for absorvida por quem é impactado, terá reflexos no cotidiano das atitudes, emoções e comportamento da pessoa”, escreveram os autores no estudo.

"Crenças conspiracionistas predizem quão bem as pessoas lidam com os desafios de uma pandemia global e, portanto, tem implicações substanciais para a saúde pública e privada, bem como para o bem-estar social e econômico dos observadores”, concluem.

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