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Estados Unidos alertam sobre doença vinculada à covid-19 em crianças

O primeiro caso da síndrome multi-inflamatória em crianças foi reportada no Reino Unido em abril. Desde então, uma centena de casos ocorreram em NY

Coronavírus: possível doença infantil grave relacionada a covid-19 ainda é estudada (Al Seib / Los Angeles Times/Getty Images)
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AFP

Publicado em 15 de maio de 2020 às 07h26.

Última atualização em 15 de maio de 2020 às 17h31.

As autoridades americanas alertaram nesta quinta-feira (14) os profissionais de saúde sobre uma doença inflamatória rara e grave que afeta crianças provavelmente está vinculada à covid-19 .

A doença, chamada síndrome multi-inflamatória em crianças (MIS-C) pelos Centros da Prevenção e da Luta contra as Doenças dos Estados Unidos (CDC), foi reportada pela primeira vez pelo Reino Unido em abril.

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Desde então, uma centena de casos, com ao menos três falecidos, foram registrados no estado de Nova York.

"Os trabalhadores sanitários que trataram ou tratam pacientes menores de 21 anos que apresentem os critérios de (a doença) MIS-C devem destacar os casos suspeitos a seus departamentos de saúde locais", pediram os CDC.

Estes critérios são o aparecimento de sintomas como febre e inflamação em vários órgãos que obrigue hospitalizar os pacientes, assim como a impossibilidade de realizar um diagnóstico e a exposição dos doentes à COVID-19 ou o confirmação de que se contagiaram com o novo coronavírus.

Os médicos que trataram essa nova doença observaram sintomas similares aos da síndrome de Kawasaki, que afeta o sistema vascular em crianças e cujas causas são desconhecidas.

Segundo os CDC, a hipótese desa doença deve ser considerada no caso de "qualquer morte infantil com provas de uma infecção por SARS-CoV-2", coronavírus causador da COVID-19.

O aparecimento destes sintomas inflamatórios parece ocorrer entre quatro e seis semanas depois de a criança ter sido infectada pelo coronavírus, quando já desenvolveu anticorpos, segundo o pediatra Sunil Sood, do centro médico infantil Cohen, em Nova York.

"Tinham o vírus, seu corpo o combateu. Mas agora têm essa resposta imunológica tardia e excessiva", explicou à AFP.

Para somar uma incógnita a mais a esta doença, nenhum caso foi registrado em crianças na Ásia, inclusive na China, onde o vírus surgiu em dezembro. Alguns acreditam que a explicação seriam razões genéticas, segundo Sunil Sood.

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