Máscaras: proteção é útil contra covid-19, mas é preciso se atentar para a forma correta (nadia_bormotova/Getty Images)
Tamires Vitorio
Publicado em 10 de agosto de 2020 às 09h24.
Última atualização em 10 de agosto de 2020 às 15h12.
Máscaras cirúrgicas, de pano, bandanas... qual é mais efetiva na proteção contra o novo coronavírus? Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos, comparou 14 tipos de máscaras para saber qual delas era a mais efetiva. No entanto, eles descobriram que uma delas pode, na verdade, piorar a situação --- e não servir para nada em termos de proteção contra o vírus.
O estudo foi feito com uma pessoa falando 10 vezes com cada uma das máscaras e também teve um grupo de controle de pessoas usando nenhuma máscara a fim de comparar o que acontece quando alguém usa algum tipo de proteção e quando alguém não usa. A descoberta, é claro, mostrou que usar máscaras é mais efetivo na prevenção contra as gotículas da covid-19 que podem ser expelidas na saliva dos infectados.
As máscaras com a maior taxa de bloqueio das gotículas são a cirúrgica e a N95, mas as de polipropileno mostraram uma efetividade bastante parecida.
Já as bandanas comuns e as tubulares não mostraram eficácia contra o SARS-CoV-2, sendo que as bandanas tubulares, comumente usadas para realizar corridas em locais frios, na verdade, aumentaram o número de gotículas que afetam o usuário, tendo um resultado pior até do que não usar máscara nenhuma.
Isso porque esse tipo de máscara é capaz de criar gotículas menores do vírus e, como elas ficam por mais tempo no ar do que as maiores, as bandanas tubulares podem causar o efeito contrário.
Apesar disso, não é recomendado deixar de usar máscaras, mas sim que se preste atenção na mais efetiva na prevenção diária contra o vírus.