ESA batiza robô explorador de Marte de Rosalind Franklin, a "mãe do DNA"
O robô pousará em Marte em 2021 e usará painéis solares para gerar energia e sobreviver com baterias ao frio das noites marcianas
EFE
Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 16h46.
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira que o robô que irá explorar Marte foi batizado como Rosalind Franklin, em homenagem à cientista britânica que preparou o caminho para o descoberta da estrutura do DNA.
O nome foi escolhido, em julho, num concurso no Salão Aeronáutico de Farnborough, no Reino Unido. O painel de especialistas da ESA decidiu por Rosalind Franklin (1920-1958) entre as 35.844 propostas feitas pelos cidadãos.
"Este nome nos lembra que explorar está nos genes do ser humano. A ciência está no nosso DNA e em tudo o que fazemos na ESA. O rover Rosalind engloba esse espírito", disse, em comunicado, o diretor-geral da agência, Khan Woerner.
Franklin, doutora em Química e Física, conseguiu em 1952 a fotografia de uma fibra de DNA que revelava de forma inconfundível a sua estrutura helicoidal, e as suas pesquisas ajudaram Maurice Wilkins, James Watson e Francis Crick a conseguir o Nobel de Fisiologia e Medicina em 1962.
O robô explorador Rosalind Franklin deve pousar em Marte em março de 2021 e usar painéis solares para gerar energia e sobreviver com baterias ao frio das noites marcianas. A máquina será lançada em 2020 e faz parte da missão ExoMars da ESA.
A agência espacial detalha que o robô será o primeiro da sua categoria a se deslocar pela superfície do planeta vermelho e perfurar o seu solo para ver se há indícios de vida subterrânea, protegida pela radiação solar. Também recolherá amostras e as analisará com instrumentos de última geração, que a ESA define como "um completo laboratório automatizado" em Marte.
A agência revelou em novembro que aterrissará em Oxia Planum, porque essa região tem depósitos de sedimentos grossos e argilosos, oferecendo mais margem de segurança para o veículo parar e se mover.