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Entidades iniciarão nova ofensiva contra o Mais Médicos

Ideia é usar como nova munição relatos e documentação apresentada pela cubana Ramona Rodriguez

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 19h34.

Brasília - O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira, afirmou nesta quarta-feira, 12, que uma nova onda de ações contra o Mais Médicos deverá ser desencadeada nos próximos dias por sindicatos estaduais. A ideia é usar como nova munição relatos e documentação apresentada pela cubana Ramona Rodriguez, que semana passada abandonou o programa e pediu refúgio na liderança do DEM.

"A documentação traz claros indícios de que a formação não é a de um médico, mas de um assistente", disse. Ferreira encontrou-se como o procurador do Trabalho Sebastião Vieira Caixeta, que comanda uma investigação sobre eventual descumprimento das regras trabalhistas pelo programa Mais Médicos. O procurador pretende concluir o trabalho ainda neste mês. Passada essa fase, a ideia é pedir que o governo faça adequações necessárias.

Para o procurador, os dados reunidos até agora mostram haver uma relação formal de trabalho e não de um curso de especialização, conforme previsto na Medida Provisória que criou o programa. A movimentação da Fenam é um exemplo de como as entidades médicas retomam a artilharia contra o programa. Diante das críticas ao comportamento que adotaram ano passado, quando o Mais Médicos foi lançado, e da alta aprovação que o programa alcançou entre a população, as entidades passaram a adotar uma postura mais discreta.

Com o episódio Ramona Rodriguez e o registro de mais quatro casos de cubanos que abandonaram o programa, as entidades voltam à tona. O primeiro passo foi dado pela Associação Médica Brasileira, que resolveu contratar Ramona para serviços administrativos no escritório de Brasília. Ela vai receber R$ 3 mil mensais. O Conselho Federal de Medicina, por sua vez, anunciou a formação de uma "rede humanitária" para auxiliar médicos cubanos que queiram sair do programa e trabalhar no País. O presidente da entidade, Roberto D'Ávila, afirmou que profissionais serão incentivados a auxiliar colegas cubanos com logística e, eventualmente, até nos preparativos para realização da prova de validação do diploma, o Revalida.

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