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Ecstasy está sendo usado para tratar traumas

O tratamento é eficiente contra traumas de guerra, sexuais e de crimes violentos. Agora, os EUA liberaram o uso da droga para testes em larga escala

Ecstasy: quem ingere ecstasy costuma relatar uma sensação profunda de bem-estar, de sociabilidade, e de paz profunda (Joseph Eid/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 16h39.

Maconha ajuda a diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia. O LSD pode ajudar a tranquilizar pacientes terminais. E cientistas agora estão constatando que o ecstasy, ou o MDMA, pode melhorar a qualidade de vida de vítimas de trauma profundo.

Isso porque a droga tem efeitos sobre a amígdala do cérebro, uma região que lida com as respostas imediatas ao medo.

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É nessa área que o MDMA age, aumentando as sensações de confiança, empatia e diminuindo o medo – algo com o qual as vítimas de trauma precisam lidar constantemente.

Quem ingere ecstasy costuma relatar uma sensação profunda de bem-estar, de sociabilidade, e de paz profunda.

Antes de invadir as pistas de dança e de ser ingerido como droga recreativa (e acabar sendo proibido), o ecstasy chegou a ser usado com eficiência em conjunto com terapia.

Nos últimos anos, no entanto, alguns médicos voltaram a experimentar com a substância – com resultados animadores e sem indício de vício.

Os pacientes que participaram de um estudo pequeno, com 19 voluntários, relataram que a droga “aumentou a minha capacidade de lidar com as minhas emoções” e que o MDMA “forneceu um diálogo comigo mesmo que eu não costumo ter normalmente, além de um aumento da sensação de bem-estar”.

Por isso, agora, a agência reguladora de drogas e alimentos dos EUA, o F.D.A., autorizou que testes maiores sejam feitos com o ecstasy.

A ideia é ajudar os milhares de americanos que nos últimos anos voltaram com stress pós-traumático das guerras no Oriente Médio, além de policiais que testemunharam violência em casa e das milhares de mulheres que são abusadas todos os dias.

O próximo passo é uma pesquisa que será feita com 230 pacientes que não responderam aos tratamentos tradicionais.

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