Eclipse lunar mais longo do século XXI poderá ser visto em 27 de julho
Os eclipses lunares acontecem quando a Lua é oculta pela sombra da Terra e pode ser visto em qualquer lugar do mundo
EFE
Publicado em 20 de julho de 2018 às 14h57.
Última atualização em 20 de julho de 2018 às 17h34.
Santa Cruz de Tenerife - O eclipse lunar mais longo do século XXI, que terá um total de 102 minutos, poderá ser observado em 27 de julho e o Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC, no arquipélago espanhol no Atlântico) transmitirá ao vivo desde a Namíbia através do canal "sky-live.tv".
A transmissão ao vivo deste eclipse total da lua será realizada com a colaboração do projeto europeu STARS4ALL e do Observatório de altas energias HESS, informou nesta sexta-feira o IAC por meio de um comunicado.
Os eclipses lunares acontecem quando o satélite terrestre é ocultado pela sombra da Terra, o que não ocorre todos os meses, porque a órbita lunar está inclinada com relação à da Terra (eclípctica).
Ao contrário dos eclipses solares, os lunares são visíveis desde qualquer lugar do mundo, uma vez que a Lua está sobre o horizonte no momento do eclipse, explicou o Instituto de Astrofísica das Canárias.
Em 27 de julho deste ano ocorrerá um eclipse total de Lua com o máximo centrado no Oceano Índico, segundo dados proporcionados pela NASA.
A fase de totalidade do eclipse durará 1 hora e 42 minutos, sendo o mais longo do século XXI, começado às 19h30 GMT (16h30, em Brasília) e a Lua começará a eclipsar-se (entrada na sombra terrestre) às 18h24 GMT (15h24, em Brasília).
Será possível observar desde a América do Sul, Europa, África, Ásia e Oceânia, e durante a totalidade, será possível comprovar que a Lua não desaparece de vista, mas adquire uma tonalidade avermelhada.
A atmosfera da Terra, que se estende por 80 quilômetros além do diâmetro do nosso planeta, atua como uma lente que desvia a luz do Sol.
Ao mesmo tempo, filtra eficazmente seus componentes azuis e deixa passar somente a luz vermelha que será refletida pelo satélite. Assim, a Lua adquire o resplendor cobreado tão característico, acrescenta o IAC.
Outro evento como este só acontecerá seis meses depois, em janeiro de 2019, comentou no comunicado Miquel Serra-Ricart, astrônomo do IAC.
O astrônomo acrescentou que no transmissão feita desde a Namíbia, a escuridão produzida pelo eclipse permitirá descobrir objetos somente visíveis desde os céus austrais, como as Nuvens de Magalhães.