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Coronavírus pode ser mais forte no frio, diz estudo

Os pesquisadores acreditam que o vírus pode sobreviver por mais tempo em ambientes fechados em temperaturas mais baixas e com menos umidade

Coronavírus: preocupação dos cientistas é com o que irá acontecer uma vez que o frio chegar em outros países (SERGII IAREMENKO/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

Tamires Vitorio

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 09h44.

Última atualização em 31 de agosto de 2020 às 09h55.

Um estudo feito por pesquisadores americanos aponta que estações do ano com temperaturas mais baixas pode demonstrar que o novo coronavírus sobrevive mais, como é o caso da primavera e do outono, e menos em temperaturas altas, como o verão.

Segundo os cientistas da Universidade Estadual do Kansas, nos Estados Unidos, a descoberta  "claramente demonstra" que o vírus sobrevive por mais tempo na primavera e no outono do que no verão. Vale lembrar que o hemisfério Norte está passando, neste momento, por altas temperaturas e  umidade, enquanto países do hemisfério Sul (como o Brasil), estão enfrentando invernos gelados e, por muitas vezes, seco.

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Um dos exemplos é que, quando em baixas temperaturas e níveis de umidade baixos, o vírus pode permanecer em superfícies por mais tempo, continuando a ser infeccioso por até uma semana --- enquanto no verão seu período de vida pode ser reduzido por até três dias.

A preocupação dos cientistas é explicada porque o hemisfério norte fará, em breve, sua transição para o outono. Os Estados Unidos são o país com o maior número de infectados pela doença e nem mesmo o verão foi capaz de barrar o crescimento dos casos --- que hoje já está em quase 6 milhões, sendo o epicentro da doença no mundo. O Brasil, que está atualmente no inverno e é o segundo país com mais doentes, tem 3.862.311 de infectados.

Os pesquisadores acreditam que o vírus pode sobreviver por mais tempo em ambientes fechados em temperaturas mais baixas e com menos umidade. Segundo eles, o vírus tem em média, uma vida de quase oito horas em uma maçaneta comum de ferro ou de quase 10 horas em uma janela --- o dobro se comparado à duração do vírus nos mesmos locais durante o verão.

Para chegar a essa conclusão, o time de pesquisadores se baseou em dados sobre as temperaturas americanas para recriar estações artificiais em câmaras --- a temperatura controlada foi de 13 graus Celsius e 66% de umidade relacionada à primavera e ao autono, enquanto o verão foi mantido a 25 graus e 70% de umidade.

O estudo, publicado no bioRxiv ainda não passou pela revisão dos pares.

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