Ciência

Com vacinas, casos de covid-19 estão em queda livre nos EUA. Entenda

Número de novos casos já diminuiu 60% desde o pico registrado em janeiro. Vacinação acelerou com após a posse de Joe Biden

Estados Unidos: mais de 27,5 milhões de casos de covid-19 (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)

Estados Unidos: mais de 27,5 milhões de casos de covid-19 (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 19h51.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 20h03.

O número de novos casos de covid-19 está diminuindo drasticamente nos Estados Unidos. Há pouco mais de um mês, no dia 8 de janeiro, o país registrava o pico de 274 mil novos casos da doença. O número caiu drasticamente. Na quarta-feira (10) foram apenas 82 mil novos diagnósticos informando a infecção. O início da vacinação, em dezembro, é o principal motivo apontado para a queda. Quase 45 milhões de doses já foram aplicadas no país.

Na média, já foram aplicadas 13,64 doses a cada 100 pessoas. É um número bastante alto – e que se difere bastante do apresentado no Brasil. Por aqui, até quarta-feira (10), somente 4,1 milhões de doses das vacinas foram utilizadas para a imunização contra o coronavírus. A média é de 1,95 dose a cada cem pessoas – próxima a média global de 1,94 dose. Os dados são da Our World in Data.

Isso se deve em parte ao governo de Joe Biden. O novo presidente dos Estados Unidos acelerou as campanhas de vacinação no país após números desastrosos registrados durante a administração de Donald Trump. O republicano previa vacinar 20 milhões de americanos até o fim do ano passado. Menos de três milhões de pessoas no país receberam alguma dose das vacinas no período.

A queda de 60% no número de novos infectados pelo coronavírus nos Estados Unidos é um alento. O país é o principal afetado pela doença. Já são 27,5 milhões de casos registrados da doença e 473 mil mortes. Estes números correspondem a aproximadamente a 25% e 20% do número total de infectados e de mortes pela covid-19 em todo o mundo, respectivamente.

Além da queda no número de casos confirmados do novo coronavírus, a tendência é de que as mortes em decorrência da doença também diminuíram na conta diária. Ainda que isso demore mais para acontecer. Como o pico de novos casos foi em janeiro, era de se esperar que as mortes iriam aumentar somente após algumas semanas. Foi o que aconteceu. No dia 4 de fevereiro foram registradas 4.955 mortes por covid-19 nos EUA.

Além da vacinação, o fato de que muitos americanos já foi infectado pela doença – ainda que assintomáticos – pode estar ajudando a diminuir a propagação do vírus. Os casos de reinfecção existem, mas ainda são raros. Incluindo casos não confirmados, a estimativa é de 110 milhões de pessoas no EUA tenham sido infectadas pela doença. É mais do que o triplo do número de indivíduos que recebeu ao menos uma dose das vacinas até esta quinta-feira (11).

Conforme apontam os jornais The New York Times e The Wall Street Journal, estes números combinados dão conta de 43% de toda população americana, “mesmo que seja difícil ter certeza”, disse Andrew Brouwer, epidemiologista da Universidade de Michigan.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEstados Unidos (EUA)vacina contra coronavírusVacinas

Mais de Ciência

Por que esta cidade ficará sem sol até janeiro

Astrônomos tiram foto inédita de estrela fora da Via Láctea

Estresse excessivo pode atrapalhar a memória e causar ansiedade desnecessária, diz estudo

Telescópio da Nasa mostra que buracos negros estão cada vez maiores; entenda