Chuvas e enchentes aumentam o risco de transmissão de doenças
Leptospirose, hepatite A e até febre tifoide são algumas das doenças que podem ser transmitidas pelas chuvas
Rodrigo Loureiro
Publicado em 10 de fevereiro de 2020 às 14h57.
Última atualização em 13 de fevereiro de 2020 às 14h47.
São Paulo - Estar em contato com água de uma enchente ou tentar atravessar um ponto alagado não é perigoso apenas pelos riscos de afogamento ou de ser levado pela correnteza. Há ainda a possibilidade de ser contaminado por doenças que, em alguns casos, podem ser fatais.
Uma das principais é a leptospirose. Transmitida pela urina de ratos e outros roedores, ela causa febre, dor muscular, vermelhidão nos olhos, diarreia e até problemas epidérmico e também neurológicos. A infecção acontece pelo contato de água contaminada ou com a pele e em pequenos ferimentos.
Classificada como autolimitada, isso é, que cessa com o tempo, a leptospirose pode evoluir para casos mais graves e gerar óbitos. E média, 2 em cada 10 pacientes que evoluem para esse estado não sobrevivem.
A seara de doenças inclui ainda febre tifoide. Rara e mortal, é causada por uma bactéria chamada de salmonella typhi. A hepatite A também é um problema. A contaminação ocorre pela ingestão de água com o vírus e a doença é altamente transmissível, podendo ser passada de pessoa para pessoa pela saliva. Em todos os casos, os principais sintomas são diarreia, vômito, dor nos músculos e articulações e febre.
Além de evitar o contato com água contaminada, é necessário também os alimentos para evitar contaminá-los. Caso algum alimento perecível, como um legume ou verdura, por exemplo, tenha sido exposto, é preciso descartá-lo.
Já ao menor sinal de desconforto físico, os órgãos de saúde recomendam a procura por atendimento médico especializado.