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China vai testar "motor impossível" no espaço

EmDrive, conhecido como o "motor impossível" usa ondas eletromagnéticas para se movimentar. Nasa comprovou recentemente que tecnologia é viável

EmDrive: "motor impossível" estaria sendo testado pela China no espaço (EmDrive/Divulgação)

Victor Caputo

Publicado em 24 de dezembro de 2016 às 14h34.

São Paulo -- A agência espacial chinesa confirmou que está financiando pesquisas e testando o EmDrive, o "motor impossível". Os planos da agência incluem testas a tecnologia no espaço para comprovar sua eficácia. As informações foram obtidas pelo site IBTimes UK.

De acordo com o noticiário, a China já teria um EmDrive em órbita. O motor estaria dentro do laboratório espacial Tiangong-2. Em outubro, astronautas chineses foram até a aeronave para a realização de diversas pesquisas. A natureza dos testes com o EmDrive e em qual estágio eles estão não foram revelados.

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O Diário da Ciência e Tecnologia, publicação oficial do ministério dessas áreas na China, aponta que cientistas chineses estão trabalhando com o EmDrive pelos últimos cinco anos. O objetivo seria encontrar aplicações práticas para a engenharia.

"Instituições nacionais de pesquisa têm realizado uma série de testes de longo prazo com o EmDrive nos últimos anos", afirmou Chen Yue, chefe de comunicações da divisão de satélites da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial.

O EmDrive é conhecido como o "motor impossível" e é cercado de dúvidas. Seu conceito foi pensado pelo engenheiro britânico Roger Shawyer em 1999. Ele foi desenvolvido para ser usado em satélites e foguetes. As letras EM de seu nome são para eletromagnético.

A tecnologia, em tese, usa ondas eletromagnéticas para empurrar um foguete para a direção desejada--normalmente, motores a combustão são usados para isso. Recentemente, um estudo da Nasa comprovou que o motor pode funcionar pois é capaz de gerar propulsão--apesar de fraco.

De acordo com seu criador, o EmDrive poderá ser usado na exploração espacial--usando estrelas como fonte de energia, ele seria praticamente infinito. Shawyer ainda acredita que as pesquisas com a tecnologia levariam a descobertas importantes na área energética.

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