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China impede 30.000 visitantes de sair da Disney após caso de covid

O fechamento do parque de Xangai ocorreu depois que uma mulher que viajou testou positivo; visitantes passaram horas em filas esperando teste

 (GREG BAKER/AFP)

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LP

Laura Pancini

Publicado em 3 de novembro de 2021 às 10h07.

Última atualização em 3 de novembro de 2021 às 18h37.

Enquanto milhares de visitantes na Disney de Xangai faziam filas para entrar em montanhas-russas e assistir à queima de fogos de artifício acima do castelo de conto de fadas no domingo, a equipe silenciosamente fechou o parque de diversões. Pessoas em trajes Hazmat passaram pelos portões, preparando-se para realizar testes de covid-19 em todos antes que partissem.

Quase 34.000 pessoas na Disneylândia passaram por testes, que terminaram perto da meia-noite, muito depois do horário padrão de fechamento do parque. Levados para casa em 220 ônibus especiais, todos testaram negativo na segunda-feira, mas ainda precisam ficar isolados em casa por dois dias e serem testados novamente para o coronavírus em duas semanas.

O fechamento de um dos parques mais lucrativos da Walt Disney ocorreu depois que uma mulher que viajou para Xangai, vinda da vizinha Hangzhou, testou positivo no fim de semana.

Embora as autoridades ainda não tenham confirmado se ela visitou a Disneylândia, sua infecção desencadeou um esforço agressivo de rastreamento por toda a China, que acabou prendendo os frequentadores do parque, suas famílias e funcionários da Disneylândia.

Para pessoas de lugares onde a covid já é endêmica, a reação pode parecer extrema, mas é emblemática da abordagem cada vez mais radical da China para manter o patógeno afastado a qualquer custo.

Desde que conteve seu surto inicial em Wuhan, em abril, a China buscou não apenas reprimir o vírus, mas também eliminá-lo. Para fazer isso, implementou uma série de medidas, desde vigilância de fronteiras e quarentenas obrigatórias, até lockdowns localizados e testes em massa.

Foi uma estratégia usada com sucesso em outras partes da região Ásia-Pacífico, de Singapura e Taiwan até Austrália e Nova Zelândia, antes que a variante Delta chegasse e tornasse isso quase imposssível.

A China e o seu território Hong Kong são os últimos locais a manter a estratégia "covid zero", enquanto outros lugares procuram abrir suas fronteiras e conviver com o vírus.

Em vez de abrandar lentamente em direção à reabertura também, a China está mais vigilante, mesmo que ondas da variante Delta mais contagiosa cheguem com mais frequência -- atualmente somando cerca de 480 casos -- e se espalhem para mais da metade das províncias do país.

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