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Bebê com covid-19 apresenta carga viral 51 mil vezes maior do que a normal

Nova cepa do coronavírus pode ser a responsável pela taxa elevada de carga viral encontrada em um bebê diagnosticado com a doença nos EUA

Covid-19: casos graves da doença em crianças ainda são bastante raros (Getty Images/Getty Images)
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Rodrigo Loureiro

Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 09h33.

Testes realizados com um bebê nos Estados Unidos estão preocupando cientistas. O receio é de que uma nova variante do coronavírus tenha sido a responsável pelo bebê que testou positivo para o vírus Sars-CoV-2 apresentar carga viral 51.418 vezes maior do que qualquer paciente de idade semelhante e também infectado com covid-19.

O caso ocorreu em setembro do ano passado, quando o bebê recebeu o tratamento contra o novo coronavírus no Children’s National Hospital, em Washington. A partir do sequenciamento do genoma do vírus do recém-nascido, os médicos puderam obter os resultados que mostraram uma anormalidade na carga viral.

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Apesar do número altíssimo, ainda não está claro se a nova variante é mais infecciosa ou perigosa do que outras já analisadas. Os cientistas dizem também que não há certeza de que a variante, que tem um tipo diferente de estrutura de proteína, é a responsável pelo número elevado na taxa da carga viral.

"Pode ser uma coincidência completa", disse Roberta DeBiasi, chefe de doenças infecciosas do Hospital Nacional da Criança, ao Washington Post . "Mas a associação é muito forte. Se você ver um paciente que tem exponencialmente mais vírus e é uma variante completamente diferente, provavelmente está relacionado."

O que se sabe é que já foram registrados ao menos oito casos desta variante nos Estados Unidos, de acordo um estudo científico que ainda precisa ser revisado e que avalia os efeitos das variantes do coronavírus em crianças e adolescentes.

Vale lembrar que crianças têm uma probabilidade menor de apresentarem casos graves da covid-19. Ainda assim, houve um aumento “dramático” no número de casos pediátricos de coronavírus nos Estados Unidos, de acordo com dados da Academia Americana de Pediatria e a Associação de Hospital Infantil.

 

 

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