Ciência

Arqueólogos desenterram mortos da guerra civil espanhola

Covas coletivas datam da guerra civil de 1936 a 1939 e da subsequente ditadura do general Francisco Franco

Quatro covas coletivas foram escavadas em Valladolid e 228 corpos foram recuperados desde abril de 2016 (Juan Medina/Reuters)

Quatro covas coletivas foram escavadas em Valladolid e 228 corpos foram recuperados desde abril de 2016 (Juan Medina/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 30 de agosto de 2017 às 09h37.

Madri - Arqueólogos da Espanha desenterraram mais corpos de covas coletivas que datam da guerra civil de 1936 a 1939 e da subsequente ditadura do general Francisco Franco, incluindo alguns ainda usando botas de couro.

As escavações em um cemitério local em Valladolid, no centro da Espanha, ocorrem em meio a esforços por associações voluntárias e grupos de vítimas para lançar luz sobre o passado violento do país e fornecer um sentimento de conclusão para as pessoas que ainda buscam por familiares.

Quatro covas coletivas foram escavadas em Valladolid e 228 corpos foram recuperados desde abril de 2016.

Acredita-se que essas valas estejam entre mais de 2 mil locais de sepultamento coletivo que existiriam na Espanha devido à guerra civil -- um confronto entre grupos de direita e de esquerda mais de 80 anos atrás.

Historiadores estimam que até 500 mil combatentes e civis morreram na guerra, tanto do lado nacionalista como republicano. Após o final do conflito, dezenas de milhares de inimigos de Franco foram mortos ou presos em uma campanha para exterminar dissidentes.

"Eu espero que com análise forense nós possamos descobrir quem eles foram um dia", disse Julio del Olmo, um dos responsáveis pela exumação dos corpos.

Acompanhe tudo sobre:ArqueologiaAssassinatosEspanhaGuerrasMortes

Mais de Ciência

Cientistas constatam 'tempo negativo' em experimentos quânticos

Missões para a Lua, Marte e Mercúrio: veja destaques na exploração espacial em 2024

Cientistas revelam o mapa mais detalhado já feito do fundo do mar; veja a imagem

Superexplosões solares podem ocorrer a cada século – e a próxima pode ser devastadora