15 fotos incríveis tiradas pelo telescópio Hubble em 25 anos
Hoje é o aniversário de 25 anos de lançamento do telescópio Hubble. Além de ajudar pesquisadores a entender o universo, ele nos presenteia com belas imagens
Victor Caputo
Publicado em 24 de abril de 2015 às 06h08.
Última atualização em 3 de abril de 2018 às 10h25.
São Paulo -- Em 24 de abril de 1990 decolava o ônibus espacial Discovery para uma missão bastante especial. Ele iria colocar em órbita o telescópio Hubble. Hoje, portanto, faz 25 anos do lançamento do mais famoso telescópio do mundo. O Hubble é um importantíssimo instrumento de observação para astrônomos. Com ele, é possível observar pontos que antes eram inacessíveis aos olhos humanos e eram mistérios para os pesquisadores. O telescópio permitiu observações de galáxias que estavam nascendo há bilhões de anos. Em 25 anos, ele também ajudou cientistas a entender melhor mistérios como a evolução do universo ou os buracos negros. Além do trabalho científico, o Hubble (e suas câmeras) forneceram imagens belíssimas aos cientistas e aos leigos. Esta primeira é de uma nebulosa chamada Cabeça de Cavalo. A foto foi capturada na comemoração de 23 anos do telescópio. A seguir, estão outras 14 belíssimas e impressionantes imagens feitas pelas câmeras do Hubble.
A imagem mostra um pouco da Nebulosa de Órion, há 1.300 anos luz da Terra. A nebulosa é a área de formação de estrelas mais próxima da Terra. Nesta simples foto do Hubble, mais de 3.000 estrelas, de diversos tamanhos, estão presentes.
A imagem mostra uma nebulosa planetária. Ela é conhecida como Nebulosa Olho de Gato, por conta da sua aparência. Ela está há 3.000 anos-luz da Terra. Uma nebulosa planetária se forma quando uma estrela semelhante ao sol passa a ejetar seus gases. A foto foi capturada em 2004.
A foto mostra o planeta Saturno, do Sistema Solar. A foto é importante pois tem uma informação extra. Especialistas acreditam que esta imagem mostra a cor real do planeta. Saturno é formado por gelo de amônia e gás metano. Seus anéis são formados por gelo e poeira. A foto foi capturada pelo Hubble em 1998.
A Nebulosa Carina é formada por nuvens de gás e poeira. Nela, está um turbilhão de estrelas morrendo e nascendo. As imagens do Hubble desta nebulosa permitiram que astrônomos estudassem com mais detalhes a formação de estrelas. Esta foto foi capturada em 2007. A Nebulosa Carina está localizada há 7.500 anos-luz de distância da Terra.
A imagem da direita foi a primeira foto capturada pelo telescópio Hubble. Na esquerda está a mesma imagem feita de um telescópio no Chile. Com ela é possível ver a importância do Hubble. A atmosfera terrestre distorce a luz -- e consequentemente a imagem. A foto do Hubble é muito mais nítida do que a feita da Terra. Essa primeira imagem serviu para que fosse possível realizar os últimos ajustes de foco do telescópio.
O círculo vermelho na imagem são os resquícios de uma supernova, que é uma explosão violenta de uma estrela. A expansão do círculo acontece com uma velocidade de 5.000 km por segundo. Da Terra, teria sido possível ver a explosão da estrela há 400 anos. Os resquícios estão há 160.000 anos-luz da Terra. A foto foi capturada pelo Hubble em 2010.
Está foto de 1999 mostra a lua Io e sua sombra refletida sobre a superfície de Júpiter. O planeta tem 67 luas confirmadas. A Io é uma das quatro maiores, conhecidas como luas galileanas, pois foram descobertas por Galileu Galilei. A sombra da Io anda sobre a superfície de Júpiter a uma velocidade de 17 km por segundo.
A Nebulosa Borboleta (ou Nebulosa Inseto) foi registrada pelo telescópio Hubble nesta fotografia. O que parece com asas de borboleta são, na verdade, gases a uma temperatura de 20.000 graus Celsius. Eles viajam pelo espaço a uma velocidade de 950.000 km por hora -- o que seria o suficiente para ir da Terra até a Lua em 24 minutos. A imagem foi capturada em setembro de 2009 usando uma das câmeras recém instaladas no telescópio.
A Nebulosa Ampulheta foi objeto de observação pelo Hubble. Ela é uma nebulosa planetária jovem e fica há 8.000 anos-luz da Terra. Essa imagem combina três fotografias com diferentes filtros. Uma foi para captar nitrogênio ionizado (os tons vermelhos), outra com filtro para hidrogênio (tons verdes) e mais uma imagem com filtro para oxigênio duplamente ionizado (tons azulados). A imagem final mostra um objeto que parece uma ampulheta com um olho no meio.
A Nebulosa Cone é uma formação gigantesca de gases e poeira. Essa foto mostra o topo da formação, que tem formato conal, daí seu nome. Apenas a ponta tem 2,5 anos-luz de comprimento. Isso é o equivalente a 23 milhões de viagens de ida e volta entre a Terra e a Lua. A imagem foi capturada pelo Hubble em abril de 2002.
Esta imagem fotografada em 2011 pelo Hubble mostra duas galáxias diferentes com forma espiral interagindo. A força gravitacional entre as duas galáxias causou a distorção de formato nelas. A observação dos efeitos da gravidade entre duas galáxias ajuda astrônomos a entender melhor o desenvolvimento e evolução do universo.
Esta imagem mostra o centro da Nebulosa Lagoa, localizada há 5.000 anos-luz da Terra. A imagem, capturada em 2010, mostra a interação entre a radiação de estrelas jovens com as nuvens de hidrogênio das quais elas nasceram.
Esta foto mostra uma tempestade de gases. Radiação vinda de estrelas jovens (que estão fora do foto, no canto superior esquerdo) agitou e iluminou os gases. As cores representam diferentes gases. Vermelho é enxofre, verde é hidrogênio e azul é oxigênio. A foto foi capturada em comemoração ao aniversário de 23 anos do lançamento do Hubble, em 24 de abril de 2003.
Esta pode não ser a foto mais bonito capturada pelo Hubble, mas é uma das mais importantes. Ela é a combinação de imagens capturadas pelo telescópio entre 2002 e 2012. A imagem original (um pouco maior, que você pode ver clicando aqui ) mostra cerca de 10 mil galáxias. São galáxias em formação, jovens, adultas e algumas morrendo.
Mais lidas
Mais de Ciência
Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vezMeteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anosComo esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetidoMúmia de filhote de tigre dente-de-sabre é encontrada 'intacta'; veja foto