Exame Logo

Yamaguchi Falcão tenta realizar sonho de ser herói do boxe

"Tenho muita vontade de mostrar ao mundo e ao meu país que o Yamaguchi que viram na minha estreia no dia 25 de janeiro, no Brasil, não era eu", disse o lutador

Yamaguchi Falcao(à esquerda):  lutador tentará no sábado em Los Angeles manter sua trajetória rumo ao estrelato com um triunfo contundente sobre o mexicano Carlos Badalduam (Scott Heavey/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 18h25.

Yamaguchi Falcão confessa que seu maior orgulho depois de ter conquistado a medalha de bronze olímpica no boxe de Londres, em 2012, foi a recepção digna de um herói que recebeu no Brasil.

Dois anos depois, com uma estreia para ser esquecida entre os profissionais, Falcão tentará no sábado em Los Angeles manter sua trajetória rumo ao estrelato com um triunfo contundente sobre o mexicano Carlos Badalduam, em uma luta dos pesos médios de seis assaltos.

"Eu não posso descrever como fiquei emocionado. Tenho muita vontade de mostrar ao mundo e ao meu país que o Yamaguchi que viram na minha estreia no dia 25 de janeiro, no Brasil, não era eu", afirmou à AFP o pugilista de São Mateus, no Espírito Santo.

Enquanto espera pela pesagem em um hotel de Los Angeles para seu combate de sábado, ele reflete sobre aquela noite de janeiro, quando o que deveria ser uma entrada triunfal no boxe profissional, transformou-se em uma saída humilhante do ringue.

Na primeira luta como profissional, em São Paulo, diante de sua família, seus amigos e seu público, Falcão esteve apático diante do argentino Martín Rios. Ambos foram desclassificados por atitudes antidesportivas no quadrilátero.

"Eu tinha vencido os três primeiros assaltos, mas no quarto, meu oponente cuspiu em mim. Levei as mãos ao rosto e me perguntei: 'O que é isso?'. Então eu cuspi também, mas acertei o juiz", lembrou Yamaguchi.

O árbitro decidiu desclassificar os dois boxeadores, e a luta terminou em um "no-contest" (sem decisão).

"Fiquei envergonhado. Quero apagar essa imagem ruim no sábado", disse Falcão, de 26 anos.


Brasil volta ao mapa mundial do boxe

Depois de impressionar em Londres Richard Schaefer, presidente executivo da Golden Boy Promotions, que assistiu a todos os programas do boxe olímpico em busca de novos valores, Yamaguchi Falcão assinou em outubro do ano passado com a empresa do ex-campeão mundial Oscar de la Hoya.

Yamaguchi, seu irmão Esquiva e Adriana Araújo voltaram a ganhar medalhas olímpicas no boxe para o Brasil em Londres-2012. Eles repetiram a proeza de Servílio de Oliveira, que ficou com um terceiro lugar nos Jogos do México-1968.

"Depois que eu ganhei uma medalha de bronze, e meu irmão Esquiva, uma de prata, voltamos ao Brasil e nos trataram como heróis. Nunca vou esquecer aquilo", disse Falcão.

Os irmãos Falcão chegaram ao boxe apoiados pelo pai Edgar Câmara Florentino, um ex-boxeador conhecido como Touro Moreno.

Pai de 18 filhos, quatro dos quais são boxeadores, Touro Moreno treinou seus pupilos com métodos pouco ortodoxos (eles davam golpes em pencas de bananas) no quintal de casa.

"Hoje é um dia especial. É um dia em que, finalmente, posso começar realmente a pensar em minha carreira profissional. Conversei com o meu pai e ele me disse que um dia ia me tornar um campeão mundial. E sempre acreditei em tudo o que me disse", afirmou Falcão.

Perguntado sobre se quer ser um ídolo nacional, como Acelino 'Popó' Freitas, o último campeão mundial brasileiro, Yamaguchi Falcão sorri e parece feliz com a comparação.

"Só posso te dizer que vou fazer algo grandioso no boxe, e tudo começa neste sábado", garantiu.

Veja também

Yamaguchi Falcão confessa que seu maior orgulho depois de ter conquistado a medalha de bronze olímpica no boxe de Londres, em 2012, foi a recepção digna de um herói que recebeu no Brasil.

Dois anos depois, com uma estreia para ser esquecida entre os profissionais, Falcão tentará no sábado em Los Angeles manter sua trajetória rumo ao estrelato com um triunfo contundente sobre o mexicano Carlos Badalduam, em uma luta dos pesos médios de seis assaltos.

"Eu não posso descrever como fiquei emocionado. Tenho muita vontade de mostrar ao mundo e ao meu país que o Yamaguchi que viram na minha estreia no dia 25 de janeiro, no Brasil, não era eu", afirmou à AFP o pugilista de São Mateus, no Espírito Santo.

Enquanto espera pela pesagem em um hotel de Los Angeles para seu combate de sábado, ele reflete sobre aquela noite de janeiro, quando o que deveria ser uma entrada triunfal no boxe profissional, transformou-se em uma saída humilhante do ringue.

Na primeira luta como profissional, em São Paulo, diante de sua família, seus amigos e seu público, Falcão esteve apático diante do argentino Martín Rios. Ambos foram desclassificados por atitudes antidesportivas no quadrilátero.

"Eu tinha vencido os três primeiros assaltos, mas no quarto, meu oponente cuspiu em mim. Levei as mãos ao rosto e me perguntei: 'O que é isso?'. Então eu cuspi também, mas acertei o juiz", lembrou Yamaguchi.

O árbitro decidiu desclassificar os dois boxeadores, e a luta terminou em um "no-contest" (sem decisão).

"Fiquei envergonhado. Quero apagar essa imagem ruim no sábado", disse Falcão, de 26 anos.


Brasil volta ao mapa mundial do boxe

Depois de impressionar em Londres Richard Schaefer, presidente executivo da Golden Boy Promotions, que assistiu a todos os programas do boxe olímpico em busca de novos valores, Yamaguchi Falcão assinou em outubro do ano passado com a empresa do ex-campeão mundial Oscar de la Hoya.

Yamaguchi, seu irmão Esquiva e Adriana Araújo voltaram a ganhar medalhas olímpicas no boxe para o Brasil em Londres-2012. Eles repetiram a proeza de Servílio de Oliveira, que ficou com um terceiro lugar nos Jogos do México-1968.

"Depois que eu ganhei uma medalha de bronze, e meu irmão Esquiva, uma de prata, voltamos ao Brasil e nos trataram como heróis. Nunca vou esquecer aquilo", disse Falcão.

Os irmãos Falcão chegaram ao boxe apoiados pelo pai Edgar Câmara Florentino, um ex-boxeador conhecido como Touro Moreno.

Pai de 18 filhos, quatro dos quais são boxeadores, Touro Moreno treinou seus pupilos com métodos pouco ortodoxos (eles davam golpes em pencas de bananas) no quintal de casa.

"Hoje é um dia especial. É um dia em que, finalmente, posso começar realmente a pensar em minha carreira profissional. Conversei com o meu pai e ele me disse que um dia ia me tornar um campeão mundial. E sempre acreditei em tudo o que me disse", afirmou Falcão.

Perguntado sobre se quer ser um ídolo nacional, como Acelino 'Popó' Freitas, o último campeão mundial brasileiro, Yamaguchi Falcão sorri e parece feliz com a comparação.

"Só posso te dizer que vou fazer algo grandioso no boxe, e tudo começa neste sábado", garantiu.

Acompanhe tudo sobre:EsportesOlimpíadas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Casual

Mais na Exame