Casual

Viúva de T.S. Eliot morre em Londres

O poeta e dramaturgo T.S. Eliot, premiado com o Nobel de Literatura em 1948, é considerado um dos maiores autores do século XX


	TS e Valerie Eliot: O premiado poeta e a fã se conheceram em Londres na editoria britânica Faber & Faber
 (Getty Images)

TS e Valerie Eliot: O premiado poeta e a fã se conheceram em Londres na editoria britânica Faber & Faber (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 20h14.

Londres - Valerie Eliot, viúva e testamenteira literária do poeta Thomas Stearns Eliot (1888-1965), morreu na sexta-feira, aos 86 anos, em sua casa de Londres, informou nesta segunda-feira a associação que administra o legado do Prêmio Nobel.

A associação confirmou, com ''grande tristeza'', a morte ''em paz'' da segunda mulher do autor, natural do Missouri (EUA) e naturalizado britânico em 1927.

O poeta e dramaturgo T.S. Eliot, premiado com o Nobel de Literatura em 1948, é considerado um dos maiores autores do século XX, graças a obras como ''A Terra Baldia'', ''Os Homens Ocos'', ''Quatro Quartetos'' ou ''Assassinato na Catedral''.

Valerie Fletcher (seu sobrenome de solteira) nasceu em 1926 em Leeds, no norte da Inglaterra, onde desenvolveu uma admiração profunda, ainda na adolescência, pela obra de T.S. Eliot, então casado com a escritora inglesa Vivienne Haigh-Wood.

O premiado poeta e a fã se conheceram em Londres na editoria britânica Faber & Faber, onde Valerie trabalhou como secretária de Eliot, e, apesar dos 40 anos de idade que tinham de diferença, começaram uma relação que terminou em casamento em 1957, dez anos depois da morte de Vivienne.

''Sentia que o conhecia através de seus poemas, algo que evidentemente cheguei a fazer'', confessou Valerie em entrevista ao jornal britânico ''The Independent'' em 1994, na qual descreveu seu casamento como uma ''necessidade'' para o poeta.

''Era óbvio que ele necessitava de um casamento feliz'', opinou em alusão ao fracasso da união de Eliot e Vivienne, que só acabou quando a família dela a mandou para um sanatório.


Durante a convivência com Eliot, Valerie editou poemas e cartas de seu marido, que propiciaram aos estudiosos uma melhor compreensão do mundo interior do poeta.

Após a morte de Eliot em 1965 aos 76 anos, sua viúva se transformou em testamenteira literária de sua obra, ao tempo que se negou a cooperar com os autores que tentaram escrever a biografia do autor, como era seu desejo.

No entanto, Valerie permitiu que o musical de Cats, idealizado por Andrew Lloyd Webber, se baseasse nos enigmáticos versos de Eliot em ''Old Possum''s Book of Practical Cats'' e, com os lucros do espetáculo, fundou uma associação dedicada a apoiar projetos artísticos.

Desde sua criação, o ''Old Possum''s Practical Truste'' respaldou numerosos projetos benéficos e fundou o prêmio de Poesia T.S. Eliot, que acontece anualmente.

Acompanhe tudo sobre:EscritoresLivrosMortes

Mais de Casual

Conheça os melhores relógios do mundo em 2024 segundo o 'Oscar da relojoaria'

8 endereços em São Paulo para provar o menu executivo completo por menos de R$ 100

Soho House para não membros; saiba como acessar o clube fechado para criativos

Os 42 melhores vinhos brasileiros premiados em concurso internacional realizado em São Paulo