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Vinhos de luxo apreendidos pela Polícia Federal seriam servidos em jantar no Tuju

A Operação Bordeaux apreendeu até 4.000 garrafas, em um valor de até R$ 6 milhões. Desse total, 352 se destinavam a evento privado no restaurante paulistano

Restaurante Tuju: jantar harmonizado foi suspenso (Rubens Kato/Divulgação)
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 11h01.

A Receita Federal deflagrou nesta quarta-feira, 7, a Operação Bordeaux na zona sul de São Paulo, visando um grupo que importava ilegalmente vinhos de luxo para venda. Algumas garrafas eram vendidas por até R$ 100 mil. Parte desse lote seria servido em um jantar no Tuju, restaurante do chef Ivan Ralston.

A Receita estima que até 4 mil garrafas de vinho foram apreendidas, totalizando um valor de mercado de até R$ 6 milhões. Com base nessa estimativa, calcula-se que os impostos federais sonegados das mercadorias apreendidas cheguem a R$ 3 milhões.

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Desse total, 352 garrafas seriam servidas em um jantar especial para convidados no Tuju, com um menu de dez tempos, na noite de ontem. O evento foi cancelado e hoje o restaurante ficará fechado.

A nota de esclarecimento do Tuju

O restaurante soltou hoje de manhã uma nota de sobre o caso.

“O Tuju esclarece que as 352 garrafas de vinhos apreendidas pela Receita Federal foram regularmente compradas por ele, mediante pagamentos devidamente registrados em sua contabilidade. Os impostos de responsabilidade do TUJU são integral e pontualmente recolhidos.  As garrafas foram adquiridas no Brasil, através de compra com a importadora Clarets.

Parte das garrafas era destinada a uma degustação privada da referida importadora, sendo que o TUJU havia sido apenas contratado para operacionalizar tal jantar, que foi cancelado em virtude do ocorrido.”

Receita Federal de olho em prática ilegal

O nome Operação Bordeaux faz referência à região de origem de muitos dos vinhos contrabandeados.

Além da perda das mercadorias apreendidas, os responsáveis serão processados por importação irregular e outros crimes relacionados. Em nota, a Receita Federal enfatiza que a prática de importação irregular prejudica comerciantes, importadores e produtores brasileiros que operam dentro da legalidade.

"A prática de importação irregular lesa os comerciantes, importadores e produtores brasileiros que atuam na legalidade e implica em significativa sonegação tributos, que deixam de ser recolhidos aos cofres públicos", diz a organização.

E acrescenta: "A operação representa milhões em prejuízo para uma organização que ostenta riqueza obtida, ao menos em parte, pela prática de ilícitos. Além da perda das mercadorias apreendidas, os responsáveis serão processados pelo crime de descaminho e outros correlatos".

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